*Escolas mantém greve, até Governo do Estado pagar os professores aposentados 

Professores, diretores, vice diretores e aposentados participaram nesta segunda-feira (25), de uma reunião promovida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sindi-UTE-MG), para debater as demandas da categoria e reafirmar que a greve continua, até que os aposentados recebam integralmente o salário do mês de maio. Até na semana passada, apenas R$500 haviam sido creditados na conta dos inativos, que somam em todo o Estado 170 mil pessoas.

Vivendo um drama por conta da situação que o Governo de Minas está colocando os profissionais, um dos diretores estaduais do Sind-UTE Abidon Guimarães, é preciso que o governador Fernando Pimentel (PT) pare de priorizar algumas categorias do serviço público, e valorize verdadeiramente a educação.

Profissionais ouviram as orientações e reclamaram das dificuldades que estão enfrentando com salários parcelados e atrasados

A orientação é todos os profissionais da educação mantenham a greve e as escolas fechadas. Com isto, o ano letivo de 200 dias pode não terminar até dia 31 de dezembro, podendo ser estendido para 2019. De acordo com Abidon Guimarães (foto), o ano letivo não precisa coincidir com o ano calendário, ou seja, ele pode terminar depois em 2019, inclusive com aulas em janeiro e fevereiro.

E pelas previsões isto tende a acontecer, já que só este mês são mais de duas semanas de greve. E em julho certamente haverá mais paralisações. “O que estamos orientandos os professores é que vamos continuar a nossa luta pelo pagamento do salário atrasado, vamos lutar para recebermos no quinto dia útil, depois discutimos a reposição das aulas com os alunos. O que os pais podem ter certeza é que os 200 dias serão cumpridos”, tranquilizou o diretor sindical.

Outras questões foram debatidas como o longo atraso no repasse ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG). Com isto, as consequências estão sendo drásticas. Hospitais, clínicas, médicos, dentistas e laboratórios estão se desconveniando e prejudicando a categoria que continua tendo descontado pelo governo, a contribuição em seus salários. Ao longo do tempo, os médicos tem ajudado e vem atendendo a classe, porém, chegaram a situação inadiável. O próprio Sindi-UTE se reuniu com o Instituto e souberam que o atraso vem acontecendo há muitos anos e, a informação que eles tem, que é há ainda dois meses em atraso, referente a 2017.

Hospital de Três Pontas

O que já foi decidido em vários hospitais da região, foi seguido pela Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis de Três Pontas. Desde fevereiro sem receber do IPSEMG, o provedor da instituição, Michel Renan Simão Castro informou que todos os atendimentos referentes ao Plano só voltarão a acontecer após o instituto regularizar o pagamento. A dívida é de R$130 mil.