A tradição na cordialidade em receber bem os romeiros e devotos do Venerável Padre Victor, se repete ano a ano. Muito antes do início do processo de beatificação, em 1998, por opção dos próprios trespontanos, serviam café e até comida àqueles que como os moradores de Três Pontas, já acreditavam nas virtudes que levaria o sacerdote campanhense-trespontano a honra dos altares.
A Associação Padre Victor começou a organizar e gerenciar isto tudo. Sempre contou com a doação dos fiéis para alimentar aqueles que vem a pé ou mesmo em romarias, milhares apenas com o dinheiro da passagem. O café com leite, pão e manteiga oferecidos na MG 167, nos postos de evangelização montados entre Três Pontas e Santana da Vargem, das 18 horas da véspera (dia 22), as 6:00 da manhã do Dia do Padre Victor e na Praça Cônego Victor, de 22 horas de terça-feira até as 9:00 horas de quarta-feira, rendeu muito mais do que o esperado.
Os visitantes ficaram a vontade, se alimentaram o dia inteiro. Foi tanta coisa que o povo doou durante a Novena do Venerável Padre Victor, que sobrou muito coisa, principalmente café e açúcar. A Associação Padre Victor começou na tarde desta sexta-feira (25), a beneficiar entidades, associações, pastorais, movimentos e grupos que ajudam famílias carentes, além do Hospital São Francisco de Assis. Estão sendo entregues além do pó de café e açúcar, margarina, pão e leite. Não se tem a quantidade certa do que foi arrecadado e nem do que foi distribuído às entidades.
Serão beneficiados o Carmelo São José, Pastoral da Criança das paróquias Nossa Senhora D’Ajuda e Aparecida, Paróquia Cristo Redentor, Pietá e Renascer, Mão Amiga que cuidam de dependentes químicos, Vila São Vicente de Paulo, Hospital São Francisco de Assis, Secretaria de Assistência Social da Prefeitura e Apae. Para algumas delas foram montadas cestas básicas.
Membro da Associação e responsável pela comunicação Denise Barbosa Reis Abreu, faz questão de lembrar que isto tudo foi adquirido no comércio local, pouca coisa veio de gente de fora, demonstrando que a economia é impulsionada na Festa do Venerável ano a ano. “Alguns acham que isto deveria ser cortado e o café não ser distribuído, mas ele tem o seu valor para quem vem e não tem dinheiro para gastar”, afirma Denise Barbosa.
BALANÇO Religiosidade foi diferencial
Ainda não deu tempo para reorganizar tudo, parar para fazer um balanço de toda a programação desenvolvida desde o dia 14 de novembro, quando começaram as comemorações dos 110 anos de morte de Padre Victor. O que ela não tem dúvidas é que a religiosidade – novenas, celebrações e pregações – foi mesmo de louvar a Deus e dizer ao este sacerdote que ele vai ter o título de Beato e isto está muito próximo.
Ainda não dá para apontar, segundo Denise, o que deve mudar para a Festa do ano que vem. A preocupação primordial agora é quanto a cerimônia de beatificação que já teve o horário confirmado pelo Vaticano, as 16 horas no Aeródromo Municipal. Parece longe, mas para tanta demanda, não há tempo para dias e dias de descanso. A Associação Padre Victor aguarda uma reunião com o Governo do Estado para definir questões relacionadas a beatificação do Anjo Tutelar Padre Victor.