A Câmara Municipal de Três Pontas promove nesta próxima segunda-feira (02), as 10:00 horas no Plenário Presidente Tancredo de Almeida Neves, uma Audiência Pública para tratar sobre o loteamento Jardim Greenville II. A Construtora Dharma de Lavras que pretende lotear a área de 169.677,30 m² vai apresentar o projeto às autoridades e moradores. Oportunidade de debater e discutir a intenção, que esbarra em leis municipais que apontam o local como Zona de Proteção (ZP).

O empresário Carlos Alberto Pereira esteve na Câmara nesta segunda-feira (26) e conversou com os vereadores. Ele que é o presidente mineiro do PSL veio anunciar recursos disponibilizados através do trabalho parlamentar de sua esposa, a deputada federal Dâmina Pereira (PSL-MG), mas também defendeu a criação do loteamento Greenville II, negando veementemente que lá seja uma área proteção ambiental. “Lá é um pasto, cheio de braquiaria, não protege absolutamente nada”, disse o empresário.

Sobre a questão das enchentes e inundações que podem ser provocadas ao tornar o local uma área urbana, Carlos Alberto afirma que foi feito um estudo técnico bastante minucioso, que comprova que não há nenhum risco. Além disso, a proposta da Construtora Dharma é construir um parque linear, com duas lâminas d’água, que servirão como ponto turístico para a cidade. O projeto é um dos mais bonitos da região. Eles irão proteger a estrutura manancial e a área de meio ambiente, interagindo com o que hoje está em situação de abandono. Na opinião dele, a área coloca em risco a população que criou o hábito de ficar atravessando de um lado para o outro para encurtar caminho.

Carlos Alberto antecipou em visita aos vereadores, que projeto bairro irá ganhar um parque linear

A proposta que será apresentada na Audiência Pública, fica evidente que o empreendimento vai melhorar a qualidade de vida da população trespontana, com ônus zero ao Município. “Esta é uma área que está dentro do coração da cidade. Há uma grande reivindicação de moradores vizinhos que estão abaixo do Greenville para fazermos o loteamento, porque lá já se transformou em passagem e caminho de muita gente que vai para a Lassane e para o alto da cidade. Eles se arriscam atravessando em várias pinguelas, de forma até desumana. Vamos trazer para a estrutura urbana uma grande melhoria e um projeto urbanístico muito bonito para Três Pontas”, justificou. O empreendimento irá permitir que a cidade continue avançando, deixando de olhar no retrovisor.

A lei autorizando o loteamento chegou a ser aprovada em 2009 e ganhou repercussão enorme. O Ministério Público recebeu denúncia e moveu na justiça uma Ação Civil Pública, tentando impedir o empreendimento. Os próprios vereadores recuaram, mas o caso agora volta à tona.