Quermesse vai até o dia 29 e dura 10 dias. A logística e a decoração foram feitas por Rovilson Andrade. Os oratórios pendurados com a imagem da Padroeira continuam decorando a tenda principal

A novena em honra a Padroeira de Três Pontas Nossa Senhora D’Ajuda teve início no último domingo (15), e coincidiu com a celebração de Pentecostes e com a Crisma de 257 adolescentes e jovens, entre eles um grupo de catequisandos adultos. A missa solene foi realizada de manhã e presidida pelo bispo da Diocese da Campanha Dom Pedro Cunha.

Mas a abertura oficial mesmo foi na missa das 19 horas, celebrada pelo bispo Emérito Dom Diamantino Prata de Carvalho, que atualmente está residindo em Três Pontas. Até a próxima quarta-feira dia 24, quando se comemora o Dia de Nossa Senhora D’Ajuda, os católicos trespontanos terão missas as 19 horas na Matriz. A cada dia um sacerdote convidado preside as celebrações.

Já na véspera, dia 23, como é o dia de celebração da tradicional novena mensal do Beato Padre Victor, realizada o ano inteiro, na Matriz haverá três horários de missas. As 5h30 da manhã tem a oração do terço em seguida a missa as 6 horas. As 15:00 horas também tem celebração e a da novena as 18:30. A partir deste dia, as celebrações passarão para este novo horário. No domingo a quermesse começa assim que a missa das 17 horas termina.

Outdoor na Praça Cônego Vitor registra o apoio da Prefeitura e da Polícia Militar
Outdoor na Praça Cônego Vitor registra o apoio da Prefeitura e da Polícia Militar

A partir de hoje (sexta-feira) tem a tradicional quermesse, que apesar de não ser um evento tradicional e nem antigo, já se tornou obrigatório no calendário da Paróquia. Após as missas há um grande movimento de barracas com comidas típicas das mais variadas, leilão de prendas e os shows de prêmios nas tendas maiores montadas no centro da Praça Cônego Vitor, em frente as escadarias da porta principal. Serão 10 dias de quermesse que termina só no domingo, 29. Os brindes são doados pelas famílias, comunidades e pelo comércio que muito contribui. As equipes distribuem os prêmios na quantidade suficiente para todas as noites.

O cardápio de comidas e bebidas são variados e já conhecidos, mas segundo o pároco Padre Ednaldo Barbosa não é muita coisa, porém, tudo é muito bem feito com o carinho daqueles que se desdobram muitos dias antes para caprichar e manter o padrão de qualidade que os trespontanos conhecem. Tem chopp Pilsen das marcas Kaiser e Vila Alemã, chopp de vinho, quentão e refrigerantes; espetinhos de boi, porco e frango, o famoso caldo, a canjicada, as barracas do pastel, churros, amendoim e das guloseimas como pipoca e algodão doce que atraem a criançada.

Barracas recebiam na tarde desta quinta-feira os últimos ajustes
Barracas recebiam na tarde desta quinta-feira os últimos ajustes

Não há nenhuma grande novidade para a quermesse deste ano. De acordo com padre Ednaldo, não haverá mais os shows a noite. Apesar de Três Pontas ter inúmeros artistas de enorme qualidade musical e variados estilos, que cantam sem custo algum para a festa, há uma dificuldade deles se apresentarem. Se a organização programa o show para antes das 22 horas, atrapalha o leilão e o show de prêmios. Se inicia depois, as apresentações não terminam antes da meia noite. E será este o horário da festa terminar, preterivelmente a meia noite, durante todos os dias e as justificativas são simples. Não incomodar a vizinhança, não desgastar a equipe de voluntários e evitar qualquer acontecimento desagradável no ambiente. As equipes de trabalho, procuram aprimorar o serviço oferecido tomando consciência dos erros cometidos anteriormente para que a festa se torne cada vez melhor. Uma exigência é tornar o ambiente aconchegante, acolhedor e familiar.

Ao longo destes anos, os líderes já estão se acostumando e agora a preparação já foi mais tranquila. “As pessoas já estão capazes e seguras do que precisa ser feito e os materiais e utensílios que são necessários já estão adquiridos e prontos”, afirmou padre Ednaldo. Mas para que isto aconteça, desde o término da Semana Santa quando a população começa a cobrar a Festa da Padroeira, os Conselhos e as lideranças religiosas já estão empenhados em preparar tudo. Isto porque, as frentes de trabalho são inúmeras. Começa com a preparação da Praça, depois o projeto que é feito por um engenheiro que é contratado para apresentar ao Corpo de Bombeiros para vistoria e aprovação, para que em seguida seja solicitado na Prefeitura o alvará de funcionamento.

E se organizar uma festa é um ato de grande responsabilidade, aumenta quando ela é da Igreja e se tomou tamanha dimensão. Os fatores que não admite erros são óbvios. “Pelo fato de ser a Padroeira do Município, no Centro da Cidade, a Igreja que guarda os restos mortais do Beato Padre Victor e a caminhada de Igreja que se tem ao longo do ano para propiciar isto”, justifica o Pároco.

Ela demanda um batalhão de voluntários, que através de seus líderes somados em mais de 100, se multiplicam. Com isso, muita gente que estava afastada do convívio e da vida em Igreja passa a assumir responsabilidades ao longo do ano. “A Igreja só funciona e dá passos largos na evangelização se ao longo de todo ano tivermos homens e mulheres capazes de arregaçar as mangas”, refletiu.

Saber quantas pessoas ao todo foram envolvidas na Festa da Padroeira é possível apenas após todo o evento, quando são apresentados os relatórios que cada líder faz todas as noites e através da quantidade de crachás que são confeccionados, já que existe um rodízio entre os voluntários, porque nem todos trabalham direto. Todas as pastorais, movimentos e ministérios estão envolvidos em toda a organização. Eles se misturam e trabalham em conjunto com aqueles que estão ligados ou não a paróquia.

A Paróquia já espera que a arrecadação financeira não seja como em outras edições, apesar de que todos os anos o volume se supera, como em 2015. Para o evento, foi feito uma ampla pesquisa de preços durante muito tempo de tudo que foi preciso adquirir para que os preços do ano passado fossem mantidos. Algumas coisas terão uma margem de lucro menor, mas os preços não vão sofrer alterações.

Não se consegue sustentar a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda somente com este lucro. O que a mantém deve ser o Dízimo e as ofertas dos fiéis. As despesas são inúmeras e a Festa da Padroeira é um grande auxílio. Com o dinheiro é feito uma reserva técnica, que segundo padre Ednaldo, possibilita manter as obras ao longo do ano. Um dos exemplos, é a grande revitalização da Igreja de São Sebastião no Distrito do Pontalete que ainda não terminou. Acrescentou o pároco, que a manutenção da Matriz e das Capelas das comunidades urbanas e rurais custa caro e esclareceu. “A gente não faz a festa e fala que o dinheiro vai ser investido em determinada coisa. É aplicado nas urgências e prioridades e como estamos enfrentando uma crise, não podemos iniciar uma obra contando que todos vão ajudar,” disse. Ele revelou que o dinheiro é pouco usado na Matriz d’Ajuda e que os gastos de uma paróquia não se resumem às construções. Cursos e encontros para preparar os fiéis que estão a frente de pastorais e movimentos, demandam um grande investimento.

quermesse 2015 arquivo
Foto Arquivo – Quermesse da Festa de 2015

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