Os universitários trocaram as salas de aulas da Faculdade Três Pontas nesta segunda-feira (13), por uma caminhada em solidariedade a Escola Estadual Deputado Teodósio Bandeira, que foi incendiada por quatro menores de idade que tem entre 15 e 17 anos no dia 1º de junho. Alunos, professores, colaboradores da Fateps e do Colégio Travessia, além de membros da 55ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil foram às ruas contra a violência e em favor da educação. A própria faculdade criou um movimento chamado de “Mãos Dadas”, que promoveu a Caminhada pela Paz. Alguns populares, diretores e professores da Escola Teodósio Bandeira, se juntaram aos manifestantes, percorreram as ruas do Centro e antes de chegar ao Estadual, fizeram uma parada na Câmara Municipal, onde os vereadores participavam de mais uma sessão ordinária.
No momento que eles chegaram, durante o Grande Expediente, a reunião foi interrompida para a explanação do Presidente da Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas (Fepesmig) – mantenedora do Grupo Unis, a qual a Faculdade de Três Pontas pertence, Professor Stefano Barra Gazola. Ele foi chamado à Tribuna pelo presidente Luis Carlos da Silva, onde foi ouvido pelo Plenário Presidente Tancredo Neves, que ficou lotado.
Stefano chamou o diretor da Escola Teodósio Bandeira Bruno Miari Prósperi para ficar junto dele. Falou rapidamente, começando pelas suposições que foram feitas e explicou a decisão que o Grupo Unis tomou em prol da educação. Ela foi amparada pelos pais que estão com seus filhos estudando no Colégio Travessia, de compartilhar os espaços. O reitor anunciou então, que além de oferecer toda a estrutura para abrigar os 600 alunos do turno vespertino, o Grupo está disponibilizando as suas áreas, inclusive a engenharia para ajudar a reerguer o prédio. Na opinião dele, cada um precisa assumir responsabilidades, que não podem se limitar aos discursos e vontade, é preciso sair da zona de conforto, abraçar a causa e não deixar apenas por conta das autoridades. “Nós abraçamos esta causa e vamos continuar juntos para fazer de lá cada vez mais uma escola de referência”, adiantou.
Stefano disse que estava na Câmara para prestar contas formais aos vereadores do apoio da Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas e lembrar que a cessão da área que foi feita, em lei, não lhes dão o direito de alugar, ceder e ou emprestar o imóvel, mas que isto seria feito em prol da educação, por um bem maior. O reitor fez então o comunicado de que a cessão é em caráter emergencial para atender aos estudantes do turno da tarde e que certamente haverá a compreensão. “A gente não vê o porque de não cedermos à uma escola com tamanha história e patrimônio”, disse.
De manhã, por causa de alguns projetos que a faculdade precisa manter por determinação do Ministério da Educação (MEC), é que a turma da manhã também não pode atendida.
Esta é uma parcela da retribuição que Três Pontas está recebendo por ter acolhido de forma tão carinhosa o Unis, que na época que aportou no Município passava por um momento difícil. “Hoje é fácil receber o Unis, mas nem sempre foi assim”, revelou. Em agosto de 2015, quando recebeu uma Moção de Aplausos da Câmara, Stefano disse que Três Pontas poderia contar com o Grupo Unis. Ele terminou agradecendo aos pais de alunos do Colégio Travessia, com quem disse ter tido uma aula de cidadania e se colocou mais uma vez a disposição.
O próprio reitor chamou o diretor Bruno Miari ao microfone, que só agradeceu a população trespontana e a Fateps pelo carinho que foram recebidos que ele nem imaginava existir nos dias de hoje.
A caminhada continuou até a Travessa São Luiz em frente a Escola Estadual Deputado Teodósio Bandeira, onde eles promoveram um ato simbólico, demonstrando que a educação é uma só, independente se municipal, estadual ou particular.
Alunos do Estadual são recebidos
Os alunos do Colégio Travessia confeccionaram cartazes que foram afixados no prédio da faculdade para receber os alunos da Escola Teodósio Bandeira nesta segunda-feira (13). São 600 alunos que vão usar as salas de aulas até que a reforma seja feita, ou o prédio tenha condições de receber todos os turnos.
Os estudantes do turno matutino vão permanecer estudando na Escola, mesmo que o sistema elétrico ainda não esteja funcionando. O turno noturno, já voltou às aulas na segunda-feira da semana passada, na Escola Estadual Jacy Junqueira Gazola.
Imensamente feliz de presenciar um fato como este, de solidariedade, de amor ao próxmo, amor à Educação. Em tempos em que o mundo parece tão carente de atitudes como essa, sentimo-nos renovados pela esperaça de dias melhores!!!!!
A cidade de três pontas ,precisa urgentemente ser fiscalizada com cautela,centenas de alunos se deslocando para uma instituição nao governamental ,por não tem condições de estudar devido o fato ocorrido e o prefeito gastando a verba com festa na cidadetenha dó né