No encontro realizado este mês, na sua sede localizada na ACAI, a PM apresentou dados sobre o trabalho desempenhado pela corporação

Denis Pereira – A Voz da Notícia

O Conselho Municipal de Segurança Pública de Três Pontas – Conselho Travessia, realizou a sua reunião mensal nesta segunda-feira (21), contando com a presença de presidentes e representantes de associações de bairros e da Polícia Militar de Três Pontas. O objetivo foi mais uma vez, estreitar os laços em prol de uma mobilização comunitária em favor da segurança pública. O objetivo do Conselho, é intermediar as demandas da sociedade civil aos poderes públicos.

Há dois meses ele conta com novos membros na sua diretoria, composta pelo empresário, Paulo Eduardo Fasano, presidente, o vice Fernando Ferraz, o tesoureiro Vitor Coelho e o secretário é Juslei Ferreira de Brito. Além deles, há os Conselhos Administrativo e Fiscal. As reuniões acontecem toda terceira segunda-feira do mês, na sua sede que está localizada na Associação Comercial e Agro Industrial de Três Pontas (ACAI), aberta a todos, inclusive é fundamental a participação da população.

A direção apresentou três projetos ao Poder Judiciário, que destina recursos das penas pecuniárias às entidades com destinação social.  Com um novo sistema, as entidades agora precisam apresentar seus projetos e o Judiciário estuda e escolhem quais devem ser beneficiados com os recursos, que vem do pagamento de multas em processos criminais. Agora, os valores são depositados em uma conta judicial que é administrada pelo juízo. As entidades, como o CONSEP, precisam apresentar seus projetos sociais, que são analisados para receberem a ajuda. O Conselho de Segurança, já apresentou três – para a Polícia Militar, Polícia Civil e a SUAPI, que administra o Presídio local.

De acordo com o presidente Paulo Fasano, que foi vice presidente entre 2011 e 2013, os diretores estão todos envolvidos e com ânimo para trabalhar, desempenhando o seu papel. A grande dificuldade é a busca de recursos. Na Câmara de Vereadores há um projeto tramitando desde maio de 2013, que declara de Utilidade Pública o CONSEP. Assim, o Conselho será subsidiado com recursos do Município. A expectativa é de que a sua aprovação aconteça ainda este ano.

CONSEP 1

Atendendo a um convite, o comandante da Polícia Militar Tenente Bruno Neves Tavares apresentou na reunião as atividades comunitárias desenvolvidas em Três Pontas. Na opinião dele, o CONSEP é um canalizador das questões de segurança pública, que leva as questões da comunidade aos órgãos competentes, envolvendo, Polícia Militar, Polícia Civil, Poder Judiciário, Ministério Público, Prefeitura e Conselho Tutelar. “As vezes o problema não é de segurança, mas o efeito dele está na segurança”, comentou Tenente Bruno.

Ele explanou sobre as formas diferentes de atuação. Controle social, aplicação da lei e o combate ao crime. As dificuldades vivenciadas dia a dia, principalmente na questão da impunidade, a corporação esbarra muitas vezes na questão legal. São situações que chamam a atenção, como por exemplo, um cidadão que é preso 44 vezes, porque não há continuidade na percepção penal. Estes são alguns dos casos que se costuma dizer que a polícia enxuga gelo.

Outro ponto apresentado pelo comandante da 151ª Companhia é que as pessoas acompanham, mas não tem a clara visão da sua missão. Ela socorre, assiste e orienta. Um exemplo claro, desta realidade é a Festa do Venerável Padre Victor, afirma Bruno Neves. Neste caso, PM combate muito pouco crime, ela mais orienta e instrui, sendo um referencial para a população. O comandante também apresentou dados de combate a criminalidade, com destaque para o tráfico de drogas. Em 2014, houve apreensão de mais de 40 quilos dos mais variados entorpecentes. Ocorrências que chamaram a atenção, mas que preocupa, em virtude de ser a raiz para outros crimes. Para Tenente Bruno, as associações de bairros tem papel fundamental na questão de Polícia Comunitária, de estar auxiliando com informações e projetos sociais, que evita que a pessoa entre para o mundo do crime.

A questão preventiva é a função principal. Ela vem primeiro que o combate ao crime. “Não há como mensurar a prevenção que existe, o resultado é enorme, porém ninguém sabe, nem mesmo o policial militar que está diariamente nas ruas fazendo patrulhamento, sabe quantos crimes se evitou. “A população reconhece mais o trabalho repressivo, que ganha ampla divulgação e o que o preventivo não tem, ele é pouco divulgado, como as Operações Proteja Seu Bairro, Presença, Anti Drogas,” entre outras. O cidadão que está na rua não percebe o trabalho que a PM está realizando naquele momento. Uma viatura circulando não é apenas para atender a uma ocorrência. Cada momento ela tem um objetivo definido”, relatou o comandante da PM Tenente Bruno.

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