Cansado, mas disposto, o Bispo Diocesano Dom Diamantino Prata de Carvalho fechou o domingo (07) em Três Pontas dando glórias a Deus, em uma celebração festiva de Ação de Graças em agradecimento pela assinatura na sexta-feira (05), do Decreto que dá o título de Beato ao Venerável Padre Francisco de Paula Victor.

Mesmo depois de um fim de semana cheio, com celebrações do sacramento da Crisma na região, como em Lambari (de manhã) e o Pentecostes Diocesano em Três Corações (a tarde) só neste domingo, o religioso fez questão de voltar a terra abençoada pelo Anjo Tutelar para celebrar junto a comunidade e aos devotos, o reconhecimento do milagre pelo Santo Padre, o Papa Francisco. “É preciso que a gente esteja disposto porque nada disso era esperado, mas estamos felizes”, completa.

Ao lado do pároco padre Ednaldo Barbosa e do padre Mateus Arantes, Dom Diamantino presidiu a missa das 19 horas, na Matriz Nossa Senhora D’Ajuda. Com a igreja cheia, os trespontanos festejaram e ouviram do líder sacerdotal, de que sua vontade era estar na Cidade desde que a última Comissão, a de Cardeais e Bispos aprovaram o milagre atribuído a Padre Victor, na terça-feira (03), mas só agora ele pode estar junto aos devotos.

Missa foi presidida por Dom Diamantino e concelebrada pelos padres Ednaldo (esq) e Mateus (dir)

Aos fiéis revelou mais uma vez que a data da beatificação do Venerável deverá ser em novembro, na Semana Nacional da Consciência Negra no Brasil e, que depende do Prefeito para este dia ser feriado, assim como já acontece nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. De qualquer forma, o Município vai parar, a região voltar suas atenções a Três Pontas e a Igreja Católica estar atrelada a este acontecimento que marca a história de Três Pontas, da Diocese da Campanha, de Minas, do Brasil e do Mundo. O Bispo confessa que nem esperava viver este momento, mas a fé é algo que move montanhas e que nunca deixou de acreditar na santidade do Venerável Padre Victor. “Deus faz prodígios e maravilhas nas suas criaturas, capaz de abrir o coração à sua graça e poder, por isto, Ele age com seu espírito onde ele quer e em quem quer”, ensinou.

“É momento de emoção, alegria e satisfação de poder ver coroado todo este processo que recomeçou com comigo e que no próximo dia 12, completa 17 anos, quando eu tinha acabado de assumir a Diocese”, revelou. Diamantino se sente feliz por ver este resultado, fruto de muito esforço e usou a frase “tudo vale a pena quando a alma é pequena”, para demonstrar sua satisfação.

Bispo e padres rezaram em frente ao túmulo do Venerável
Bispo e padres rezaram em frente ao túmulo do Venerável
Segurança reforçada

Dom Diamantino volta a Três Pontas justamente uma semana depois que a Igreja foi invadida, teve cofres arrombados e o dinheiro levado. Sobre a questão da segurança da Matriz, tudo será acelerado não só por conta da beatificação, mas também pelas circunstâncias lógicas e o crescimento da violência que não escolhe mais locais e vítimas. “Lamentamos que isto aconteça, mas precisamos estar prevenidos da violência ao patrimônio da Igreja e às pessoas que vem. O dinheiro foi levado mas ainda bem que não maltrataram ninguém”, reintera. Quando soube do crime na semana passada, Dom Diamantino esteve no Município. Câmeras e alarmes que já foram instalados na Casa e Escritório Paroquial serão colocados para evitar novas invasões e coisas piores possam acontecer na Matriz.

O pároco padre Ednaldo Barbosa acrescentou que o projeto de aumentar a segurança do Templo, desde a instalação de câmeras de segurança e alarmes, o que já aconteceu em outros setores da Paróquia, já estava sendo planejado.

O fato do furto registrado pela Polícia Militar durante a madrugada de domingo (31), independente de quanto foi levado, preocupa por ter o Templo invadido, pois pode ter sido levado muito e também quase nada, já que as doações dos cofres são espontâneas. Na avaliação do sacerdote, é preciso saber qual foi o objetivo disso, além do financeiro. O crime gera tristeza também por ter como suspeitos, segundo o padre informou, que tenha conhecimento de como funciona o sistema de tranca interna das portas e que talvez frequente regularmente a Matriz, já que arrombaram os cofres, quebraram as fechaduras, mas não destruíram nada.

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