*Para Melles, governo petista causou prejuízo aos produtores de café que
se articulam para sair de uma vez por todas da crise

Denis Pereira – A Voz da Notícia


A solenidade de assinaturas de convênios do Pro Município realizada
nesta sexta-feira (18), que beneficiou 73 municípios da região do Sul de Minas,
com recursos para serem aplicados em diversos setores, serviu também para que
as lideranças políticas afinassem os discursos de protesto contra o governo
petista, que em 2014 completa 12 anos no poder.

A cerimônia no auditório do Centro Universitário do Sul de Minas (Unis),
levou deputados
 federais, estaduais, secretários de estado, prefeitos, vereadores e
lideranças regionais. Aplaudidos pelos gestores municipais, o primeiro a
discursar foi o deputado federal licenciado, secretário de Estado de
Transportes e Obras Públicas Carlos Melles. Defensor ferrenho dos produtores de
café, ele abriu um parênteses, destacou a importância do café para a região sul
mineira, aos prefeitos e vereadores que prestigiaram a solenidade. Na visão de
Melles, as cidades, Minas e o Governo Federal deixam de arrecadar muito com
esta crise vivida pelo setor. “O produtor está perdendo seu patrimônio. Se o
café vai bem, os municípios seguem o mesmo ritmo. Se o café vai mal afeta a
todos os setores, como por exemplo, o comércio”, revelou.

Ele defendeu a participação do governador Anastasia, que ancora junto
com o seu ice Alberto Pinto Coelho a bandeira da cafeicultura. Não é tempo para
mais nada, é preciso dar um basta nesta sangria, na visão do parlamentar
licenciado. O alerta foi dado e a mobilização iniciada pelo prefeito de Três
Pontas Paulo Luis Rabello (PPS), que teve adesão de dezenas de prefeitos,
demonstra que a luta depende da participação de todos. “Precisamos ficar em
absoluta vigília, pois vivemos um momento decisivo. Precisamos tomar vergonha
na cara e concluir que não dá mais. Aqui neste lugar em duas eleições, o
ex-presidente Lula se comprometeu com os cafeicultores. Depois, veio a
presidente Dilma”, desabafou Melles.

De acordo com o secretário de Estado de Governo, Danilo de Castro (foto abaixo) o
Governo Federal perdeu o controle da política econômica, o tripé deixado pelo
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, seguido pelo então pelo presidente
Lula e completamente desmontado neste governo. A situação caótica reflete
diretamente nos municípios, onde o cidadão mora. Sobre os programas do governo
federal, Castro os chamou de eleitoreiros, que doam, por exemplo, máquinas sem
saber a necessidade das cidades.



O vice governador Alberto Pinto Coelho acusou o Governo Federal de nos
últimos 12 anos esquecer dos interesses de Minas Gerais, que precisa muito da
cafeicultura. Sobre a reunião com o governador Antônio Anastasia na última
semana, ele reconheceu que as autoridades conheceram a realidade vivida pelos
produtores.
Uma comissão foi formada com representantes do setor que vão levantar
esta bandeira, encaminhando um documento a Brasilia com as questões que
precisam ser resolvidas de forma urgente, honrando compromissos com os
produtores que produzem com o suor e talento o que mais gera riqueza à Minas
Gerais.

“Minas não vai se calar. Vamos bater a porta do Governo Federal e
esperamos que sejam de forma definitiva solidários conosco, disse o vice
governador Alberto.



Na próxima sexta-feira as 11 horas, prefeitos estão sendo convidados
para uma nova reunião em Belo Horizonte na Secretaria de Estado de Agricultura,
para mais uma vez tratar do assunto.


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