Jovens do PJ das cidades de Três Pontas, Três Corações e Santana da Vargem

Tema a ser debatido pelos estudantes em 2018 será a violência contra a mulher

A exigência de comprovação de experiência, para todos os secretários nomeados pelos Poderes Executivos estadual e municipais, na área de atuação da pasta foi uma das 17 propostas envolvendo a educação política nas escolas, aprovadas na plenária estadual do Parlamento Jovem de Minas 2017 (PJ Minas).

Realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em parceria com a PUC Minas e câmaras municipais, o PJ Minas foi concluído na desta sexta-feira (22), no Plenário da ALMG e contou com a participação dos trespontanos do PJ da Escola do Legislativo “Professora Maria Rogéria de Mesquita”.

As 17 sugestões aprovadas no documento síntese são fruto do trabalho realizado na última na Escola do Legislativo, por 119 estudantes de todo o Estado que analisaram 79 propostas, propondo a aglutinação e reorganização da maior parte delas. As estudantes Isabela Scalioni de 17 anos e Clara Vicentini de 18 tiveram participação ativa no debate, junto com o vereador Maycon Douglas Machado (PDT) presidente da Escola e alunos do Pólo de Três Pontas, que inclui as cidades de Três Corações e Santana da Vargem.

Esta 14ª edição do PJ Minas mobilizou quase 2 mil estudantes de 63 municípios e 12 polos regionais numa série de discussões sobre o tema “Educação política nas escolas”. Foram envolvidas 248 escolas, a maioria da rede pública, além de 149 monitores e 133 coordenadores. Vinte e uma cidades participam pela primeira vez do projeto, que a cada ano tem atraído mais interessados. Os alunos foram divididos em três grupos: 1 – “Educação política e currículo”; 2 – “As interações entre escola e sociedade na formação política dos jovens”; e 3 – “Educação política para uma gestão democrática e participativa nas escolas”.

A exigência de experiência do secretário se somou a outras propostas aprovadas no segundo subtema. Uma delas foi a de acompanhamento psicossocial dos alunos, sendo que o profissional responsável também atuaria na solução de conflitos entre alunos, professores e famílias.

Os alunos propuseram ainda a simulação de processo eleitoral para a comunidade escolar, de modo a tirar as dúvidas sobre o tema.

Constituição Federal – Já no subtema 1, uma das propostas vencedoras foi a de inserir, periodicamente, debates, palestras, oficinas e apresentação de trabalhos envolvendo temas atuais e cidadania em disciplinas relacionadas a essas temáticas.

De forma semelhante, foi sugerida a implantação de eventos periódicos tratando do assunto. Além disso, os alunos defenderam a implementação da Lei 15.476, de 2005, para inclusão de atividades lúdico-pedagógicas, com o estudo da Constituição Federal.

A implantação, pela Secretaria de Estado de Educação, do projeto Supremo Tribunal Filosófico foi outra sugestão aprovada, pertencente ao subtema 3 – “Educação Política para uma Gestão Democrática e Participativa nas Escolas”.

Criado pelo professor Eliton da Costa Rocha, o projeto visa ampliar o espaço de debates e melhorar a prática pedagógica, o desempenho dos alunos e o gerenciamento das escolas.

Também no subtema 3, prevaleceu a proposta de criar congresso apartidário em níveis estadual e municipais, com o objetivo de propor soluções para demandas de interesse coletivo.

Outra ideia foi a de incentivar a criação de grêmios e colegiados escolares ou quaisquer representações estudantis, bem como integrar essas instâncias, viabilizando encontros, debates e fóruns de discussão, com o objetivo de solucionar questões escolares.

Legislativo – A ALMG foi enfocada em uma das sugestões aprovadas. Os alunos solicitaram que a Assembleia disponibilize relatórios semestrais com os principais projetos em discussão. Eles deverão ser repassados às superintendências regionais de ensino, que deverá divulgá-lo para as escolas, como sugestões ao Plano Político Pedagógico.

Violência contra a mulher será tema de 2018

Violência contra a mulher será o tema da edição 2018 do Parlamento Jovem de Minas (PJ Minas), projeto de formação política realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em parceria com a PUC Minas e câmaras municipais.

A escolha aconteceu na Escola do Legislativo (ELE), por 120 estudantes do ensino médio que participam do segundo dia de trabalhos da etapa estadual. Com 83 votos e uma abstenção, o tema foi priorizado pelos estudantes, que ainda tinham como outras opções: jovens e o mercado de trabalho (9 votos); e violência e criminalidade entre os jovens (27 votos).

Parlamento Jovem será ampliado em 2018

Em 2018, o PJ Minas alcançará sua maior expansão desde o início do projeto. São 154 municípios inscritos, um crescimento de 144,44% em relação aos 63 que participaram da edição deste ano. Em razão disso, o número de polos regionais que abrigam a segunda etapa do projeto deve crescer de 12 para 21, com ao menos um polo em cada um dos 17 territórios de desenvolvimento do Estado.

Protagonismo dos municípios cresce no PJ Minas 2017

Há 15 anos o Parlamento Jovem de Minas (PJ Minas) vem buscando multiplicar, no interior do Estado, iniciativas de educação para a cidadania e fortalecer as câmaras municipais como centros de participação política, atraindo os jovens.

Mais do que nunca, a edição do projeto em 2017 mostrou que esse objetivo foi alcançado, na avaliação da gerente-geral da Escola do Legislativo, Ruth Schmitz, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em 2017, na avaliação de seus coordenadores, muitos dos 63 municípios participantes demonstraram maturidade e autonomia para se transformarem em protagonistas do projeto, criando regulamentos próprios e adaptando atividades às realidades locais.

Algumas dessas iniciativas são propostas pelos coordenadores municipais do projeto, que são vereadores ou servidores de câmaras municipais. Outras novidades, no entanto, são propostas e implementadas pelos próprios estudantes.