* Queixa é geral, mas padarias, supermercados e sacolões estão sofrendo mais a falta das moedas

A famosa pergunta “você tem moeda para facilitar o troco?” é ouvida com mais frequência ultimamente. As moedas estão se tornando cada vez mais um artigo escasso e as lojas fazem de tudo para conseguir a espécie. Enquanto muitos conservam o hábito de “engordar o porquinho”, o comércio de Três Pontas amarga a falta de moedas em circulação para dar troco ao consumidor e a previsão para as compras de fim de ano não são animadoras. A queixa é geral, mas afeta, principalmente, os setores de padarias, supermercados e sacolões.

A Associação Comercial e Agro Industrial (ACAI-TP), está recebendo inúmeras reclamações neste segundo semestre. Por isto, oficiou o Banco do Brasil, responsável por distribuir o dinheiro na rede bancária e a instituição também está sentindo a dificuldade que é um problema a nível nacional. O presidente Michel Renan Simão Castro, buscou uma resposta afim de saber possíveis soluções para que a situação seja sanada, haja vista os transtornos que vem causando nos estabelecimentos comerciais, ainda mais porque nem todos entendem a falta de troco. A resposta veio através de um ofício assinado pelo Gerente de Serviços do Banco do Brasil, Mathias Costa Veloso, informando que a escassez de moedas no comércio local, reflete um problema que ocorre em âmbito nacional e nos últimos dias ganhou grande destaque na imprensa nacional. O banco explica que o motivo para o sumiço do troco, são os cortes sucessivos no orçamento do Banco Central (BC). Sem recursos, a instituição foi obrigada a reduzir as encomendas de moedas para menos de um terço dos pedidos feitos no ano passado, gerando a atual escassez de moedas de troco. O pior, é que segundo Mathias Veloso, não existe qualquer posicionamento do Banco Central, quanto a regularização no fornecimento de moedas, restando como única solução iniciar uma campanha junto a população para as moedas serem recolocadas em circulação.

“Mãos a obra”. É hora de fazer uma campanha através dos veículos de comunicação e a distribuição de cartazes, buscando conscientizar os consumidores a ‘quebrar o cofrinho’. Está é a única medida que a Associação pode adotar, já que mais uma vez, enfatiza Michel, faltou planejamento do Banco Central. “Eles é que deveriam ter se preocupado com esta situação que de acordo com o BB é nacional e deveriam ter realizado uma campanha para não chegar ao ponto que chegamos, que era esperado, sendo que as perspectivas para os próximos dias são ainda piores”, disse o presidente da ACAI. Na agência do Banco do Brasil de Três Pontas, acrescentou Michel, há moedas para abastecer a cidade apenas um mês. Ou seja, dentro de 30 dias no máximo, o problema vai se agravar ainda mais.

Na visão dele não há porque guardar as moedas de R$0,1, R$0,5 e de outros valores. Os gastos são bem maiores para a sua confecção e a população é quem as pagam. Sem falar no dinheiro de papel que é retirado de circulação pelo Banco Central quando está danificado e não retorna, trazendo prejuízo pela quantidade de cédulas que circulam no mercado.

Banco Central

De acordo com dados oficiais do Banco Central só em 2014 foram colocados em circulação, 600 milhões de unidades de moedas no País. Mesmo assim elas continuam sumidas. O dinheiro metálico corresponde a 3,1% do total de moeda em poder da população e da rede bancária, no Brasil. Considerando as duas famílias de moedas (as antigas, de inox, e as atuais) e os modelos comemorativos, existem 22,51 bilhões de unidades no mercado.

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