O prefeito interino de Santana da Vargem Renato Teodoro da Silva nega ter algum envolvimento com as denúncias que culminaram com as investigações desencadeadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/Varginha) do Ministério Público e consequentemente a prisão do ex prefeito Vitor Donizetti Siqueira (PT), “Vitor Elói”, a esposa dele Sandra Aparecida de Sousa Siqueira e o ex coordenador de saúde Luiz Donizetti Ferreira. Os dois últimos acusados de atrapalhar as investigações.

Renato Teodoro procurou a Equipe Positiva para esclarecer as declarações do advogado de defesa do ex gestor, Dr. Luis Eduardo Silva Pereira. Segundo Renato, não é verdade que as denúncias partiram da atual Administração. Na verdade, o Ministério Público requisitou documentos que foram fornecidos. “Não houve da minha parte nenhuma denúncia que viesse a prejudicar o ex-prefeito e sua família. Apenas fornecemos o que nos foi solicitado pelo MP”, disse o gestor.

Ele ainda afirmou que aguarda o resultado das investigações, que não tem nenhum tipo de problema com Vitor Elói, eles inclusive mantém um bom relacionamento e antecipou que ninguém deve ser condenado antes de ser julgado. Renato que foi eleito presidente da Câmara em janeiro e assumiu a Prefeitura, acrescentou que a situação ocorrida no sábado repercutiu e surpreendeu a todos.

TJ prorroga prisões

Presos desde sábado no Presídio de Três Pontas, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) prorrogou nesta quarta-feira (31), por mais cinco dias, a prisão temporária dos três. De acordo com o advogado de defesa, Lucas Pereira, a decisão deve ser analisada e nos próximos dias a defesa deve entrar com um recurso ou pedido de revogação da nova prisão temporária.

Conforme as investigações do Gaeco do Ministério Público, o Município repassava subvenção social à Associação Comunitária Vargense para a realização de exames e procedimentos médicos a moradores da cidade que não eram realizados e o dinheiro desviado no esquema. Eram emitidos cheques nominais às supostas pessoas beneficiadas, falsificados o endosso e assinatura do recebimento, sem sequer que elas tivessem conhecimento. Ao todo, 10 pessoas estão sendo investigadas no suposto esquema, mas os nomes delas não foram revelados.

Pelo menos 89 pessoas que teriam tido seus nomes utilizados foram identificadas e 67 foram intimadas e estão prestando depoimento na sede do MP em Três Pontas.