Os sete jurados condenaram nesta terça-feira (14), a 12 anos de prisão, o eletricista José Maria de Gouvêa de 68 anos, que matou a tiros o comerciante, Ademar Borges Barbosa de 41 anos. O crime aconteceu no bairro Santa Inês, em agosto de 2016 e os dois eram vizinhos e tinham uma disputa na justiça. O Juri acatou apenas uma qualificadora, que o meio utilizado impossibilitou a defesa da vítima.

O Sessão aconteceu no Fórum Dr. Carvalho de Mendonça, começou as 10:00 horas da manhã, terminou pouco antes das 16 horas e levou estudantes do curso Direito, amigos e familiares da vítima. Muitos deles vestiam camisetas personalizadas com a imagem do comerciante, que deixou dois filhos, que tinham na época 5 e 17 anos.

Familiares de Ademar acompanharam o Juri na primeira fileira

Testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas e durante a maior parte do tempo, a viúva de Ademar, Alexandra Martins da Silva Barbosa chorou e foi amparada pelo filho mais velho.

Acusado diz que não “mirou” Ademar

No depoimento, “Gouvêa” confessou ter matado o comerciante com dois disparos de arma de fogo, mas não mirou contra a vítima. No depoimento prestado, ele disse que sempre teve medo de Ademar (foto), que ele classificou como uma pessoa arrogante e gananciosa. Afirmou ainda, que era a vítima quem estava assentado em cima do muro e mesmo vendo que ele estaria armado não se intimidou. O comerciante teria o ofendido com palavras de baixo calão antes do crime. Em determinado momento, segundo “Gouvêa”, Ademar teria dito que pegaria a arma dele e o mataria.

Quando Ademar teria projetado em sua direção, o eletricista efetuou os dois disparos, sem saber onde eles atingiriam. Em seguida pegou seu carro e fugiu. Se entregou cinco dias depois, na Delegacia de Polícia Civil e estava preso no Presídio de Três Pontas desde então.

Eles atingiram o pescoço e a cabeça e quando a mulher Alexandra voltou da escola, onde tinha ido buscar o filho, encontrou o marido morto, no portão de casa.

Depois de responder as perguntas, fez questão de acrescentar em seu depoimento que faz tratamento de saúde há 15 anos e não tem forças nas pernas.

Ademar tinha uma loja de veículos usados na Avenida Ipiranga.

Salão do Juri ficou lotado durante todo o dia