Atento às necessidades e com sensibilidade social, o Governo do Estado, por meio do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), trabalha para ampliar a cobertura e descentralizar o seu atendimento. Para este objetivo, serão instalados dez postos avançados, estruturas mais compactas e que demandam menos investimentos para implantação.

Atualmente, a corporação está presente em 63 municípios mineiros, por meio de companhias e batalhões, nos 17 territórios de desenvolvimento. Para essa expansão, em parceria com as prefeituras, O CBMMG propôs uma estrutura mínima operacional denominada Posto Avançado de Bombeiros Militar (PABM), inovando no conceito de atuação para atender de forma mais eficaz às demandas de sinistros e desastres.

Municípios prontos para receber os bombeiros

As novas unidades disponibilizadas pelos municípios são frações que demandam prédios mais simples, adaptados à realidade de cada lugar. Por isso, não há um padrão de imóvel exigido. Há flexibilidade nesse ponto e o Corpo de Bombeiros avalia se atende às necessidades com segurança e, ao mesmo tempo, obedece ao regulamento interno da instituição.

Esse novo modelo foi concebido a partir de um detalhado estudo de viabilidade para atender inicialmente dez municípios, começando por Congonhas (Território Vertentes), cidade cortada pela BR-040, a 70 quilômetros da capital Belo Horizonte. Os demais contemplados nessa etapa são: Mariana, Santo Antônio do Monte, Além Paraíba, Tiradentes, São João Evangelista, Santos Dumont, Almenara, Andradas e Boa Esperança. Ao todo, serão beneficiadas diretamente pelo atendimento 410 mil pessoas nos dez municípios.

Segundo a tenente Andréa Coutinho, da Assessoria de Comunicação Organizacional, o posto avançado é uma novidade na estrutura do Corpo de Bombeiros que possibilita atender bem o cidadão sem grandes instalações, com um número menor de viaturas e de militares.

“Os bombeiros serão capazes de atender a diversas ocorrências, tanto no combate a incêndio, como no atendimento pré-hospitalar, e até mesmo no trabalho de prevenção, que são as vistorias e liberação de projetos. Esse modelo de posto avançado me dá essa gama de atendimento, dentro da tônica do governo de Minas Gerais de atender mais e melhor, em menor tempo”, explica.

Os postos avançados – em pontos estratégicos do estado – vão facilitar a vida da população que terá o Corpo de Bombeiros próximo e acessível para os atendimentos de forma muito mais célere, sem que os profissionais precisem de grandes deslocamentos. Hoje, as companhias e batalhões estão, em média, a 70 ou 80 km dos municípios contemplados, e o fator tempo é considerado primordial para a atividade.

Facilidade de deslocamento e celeridade

A tenente Andrea ressaltou que as negociações com o município de Congonhas foram concluídas para que o posto avançado esteja em funcionamento até o mês de dezembro.

“Congonhas será o nosso start, pois registra grande número de acidentes automobilísticos na rodovia e o socorro rápido é prioridade no atendimento pré-hospitalar. Se atendemos uma vítima de acidente com rapidez e qualidade, podemos dar a ela sobrevida para chegar ao hospital e evitar possíveis sequelas. É a chamada hora de ouro, tempo de ouro”, assegura.

A celeridade no atendimento se estende também a grandes sinistros como incêndio para um produtor rural ou comerciante. A velocidade dos bombeiros permitirá que as perdas patrimoniais sejam menores, diminuindo os prejuízos da população.

Perfil do estado

Em extensão territorial, Minas Gerais é o quarto maior estado brasileiro, com mais de 560 mil quilômetros quadrados, e o primeiro em número de municípios. A dimensão e localização geográfica implicam diretamente na malha rodoviária, na rede hidrográfica, na diversidade do relevo, nas variações climáticas e na densidade demográfica, segundo o Plano de Comando 2015-2026 do CBMMG.

O estado se destaca por suas especificidades e requer do Corpo de Bombeiros estratégias multifacetadas que atendam as mais complexas necessidades. Como desdobramento, a atuação se dá em ocorrências que envolvem emergências ambientais, salvamentos, atendimento pré-hospitalar, acidentes aquáticos, incêndios florestais, entre outros.

Ainda, segundo o Plano de Comando, as demandas em ocorrências de desastres naturais vêm aumentando nos últimos anos, motivados por instabilidades atmosféricas severas, que resultam em perda de vidas e bens, com inúmeros prejuízos ao meio ambiente e, consequentemente, à sociedade.

Desastres naturais recorrentes

Minas Gerais sofre anualmente com a escassez das chuvas. Somente neste ano, foram 266 municípios em situação de emergência. Entretanto, o excesso, em virtude das precipitações concentradas em períodos curtos também causam problemas. Os efeitos adversos relacionados a esse fenômeno, as inundações, muitas vezes, ocorrem associadas a tempestades e vendavais, podem desencadear outros eventos, que potencializam o efeito destruidor.

Com a criação dos postos avançados, o Governo do Estado trabalha na expectativa de deixar o cidadão mais seguro em relação às ações de combate à seca e às ações nos períodos de chuva intensa com possíveis alagamentos, quedas de árvores, deslizamentos, descargas atmosféricas (raios), entre outros.

Referência

Há quase uma década, o Corpo de Bombeiros se mantém no topo das pesquisas que medem a confiança da população nas instituições. Os seus homens e mulheres trabalham com a delicada tarefa de zelar pela segurança do cidadão e de salvar vidas, especialmente, em situação extremas.