HOSPITAL UNIMED DEVE CUSTAR R$25 MILHÕES

Reportagem: Denis Pereira
A Voz da Notícia
Para o Jornal Correio Trespontano

A Unimed deve concluir até janeiro, uma obra que está sendo erguida em Três Pontas a mais de 10 anos. O projeto inicial era construir um Pronto Socorro para atender seus clientes, mas, depois o plano ficou mais audacioso: ampliar o número de hospitais da cooperativa da região, que já conta com as unidades em Varginha, Três Corações, Poços de Caldas e Passos.

Os trespontanos com planos de saúde Unimed poderão utilizar de um serviço de especialidade médica no Hospital que carrega o nome da cooperativa. O empreendimento é um sonho antigo do atual presidente da Unimed, o médico Ortopedista e Traumatologista Dr. Dilson Lamaita Miranda.

A obra fica na Avenida Prefeito Nilson José Vilela, chama a atenção de quem passa pela rodovia MG 167, mas não imagina o que há, nos 7 mil metros quadrados que estão edificados e praticamente concluídos. Antes eram um 1.8 mil metros quadrados, mas apenas um Pronto Socorro. Quando Dr. Dilson deixou a presidência, a prioridade da gestão que o sucedeu passou a ser ajudar a Santa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis de Três Pontas. Por isto, a obra ficou parada por tantos anos.

De volta à direção, o empreendimento foi se transformando em uma unidade hospitalar com toda a estrutura e será dotado de equipamentos de ponta, dos mais modernos que existe no País, para atender pacientes particulares e seus mais de 19 mil clientes, que estão nas cidades de Santana da Vargem, Coqueiral, Ilicínea, Guapé, Campos Gerais e Três Pontas, onde a Unimed está presente há 27 anos.

A obra já recebeu investimentos na ordem de mais de R$20 milhões e mais R$5 milhões devem ser aplicados até a inauguração.

O Pronto Socorro terá funcionamento 24 horas para atender casos de urgência e emergência. O hospital contará com uma unidade de internação direcionada, um Centro de Diagnósticos com equipamentos de última geração, como Raio X, Tomografia, Densitometria, Utrasson e laboratório. O presidente adianta, que neste primeiro momento, não será montada a ressonância magnética porque já existe uma infinidade na região, capaz de atender toda a demanda. A unidade cirúrgica terá tecnologia de ponta. Todos os procedimentos cirúrgicos serão feitos a laser, o que a cidade de Três Pontas ainda não oferece e que as pessoas acabam precisando procurar fora daqui.

“Este não é um hospital geral, não tem maternidade, berçário, pediatria”, esclarece. As internações clínicas, de obstetrícia, por exemplo, continuarão sendo feitas na Santa Casa de Três Pontas. Muitas pessoas estão preocupadas se o Hospital Unimed vai atrapalhar a Santa Casa de Misericórdia. Dr. Dilson esclarece que a proposta da Unimed é diferente, é atendimento privado e o Hospital São Francisco de Assis, continuará sendo parceiro e, é objetivo que ele continue sendo a referência da microrregião.

Por se tratar de um hospital privado, as normas precisam ser atendidas 100%, são fatores que inclusive fez a edificação ficar menos célere. “As vezes são absurdas as solicitações e exigências que são feitas. Para ser uma ideia da burocracia, as plantas da obra foram enviadas mais de 20 vezes, entre ida e vinda, para Belo Horizonte. Muitas das coisas que são solicitadas na ida, na volta é pedido ao contrário. Sem falar que a legislação ao longo dos últimos quatro anos mudou muito, desenquadra o hospital e exige adequação do projeto inicial”, diz.

Além do investimento na construção ser altíssimo, para funcionar toda a estrutura demanda recursos. Todos os equipamentos adquiridos são de manutenção extremamente cara, por ser mão de obra especializada, que terá que treinar o colaborador que vai utilizá-lo. A Unimed ainda está fazendo a contratação de técnicos de enfermagem, de Raio X e nutricionistas. Outros profissionais já estão sendo avaliados. O treinamento de parte da equipe já começou a ser feito e eles já estão conhecendo o sistema de gestão que vai gerir todo o hospital. O controle de fluxo é feito por digitais, a prescrição de medicamentos é informatizada.

A cooperativa ainda está recebendo no setor de Recursos Humanos (RH) currículo e será uma empresa especializada que irá selecionar os profissionais. A equipe será formada por 70 pessoas. A maioria dos médicos vai ser de Três Pontas e de cidades da região, que integram a própria rede, todos já cooperados.

De acordo com Dr. Dilson Lamaita, o encerramento técnico das obras está previsto para o dia 15 de dezembro. A partir daí é que começarão a ser feitos os testes, inclusive todo fluxo do paciente será revisto e os colaboradores passarão por intenso treinamento. “Uma unidade hospitalar não é como a casa da gente que terminamos a obra e começamos a morar”, pontua. Ele acredita que um mês após o término técnico, em meados de janeiro, a inauguração seja agendada.

O presidente conclui dizendo que além de ampliar o atendimento a saúde dos trespontanos e da região, o empreendimento vai gerar empregos, renda e movimentar a economia.