A cidade de Três Pontas, aos poucos vai voltando ao normal depois da paralisação dos caminhoneiros. Desde quarta-feira (30), considerado o 10º dia de protesto, a correria maior dos moradores foi pelo gás de cozinha e combustíveis. Como não há nenhum ponto de paralisação nas rodovias federais e estaduais, o fluxo de veículos voltou o normal. O desabastecimento fez muita gente fazer filas enormes nas portas de estabelecimentos e em poucas horas o estoque foi zerado novamente.

Na noite de terça-feira (29), o primeiro caminhão com 10 mil litros de gasolina e álcool escoltado pela Polícia Militar, chegou em um posto da cidade, no bairro Ponte Alta. Porém, a prioridade foi abastecer os veículos do poder público, ambulâncias da Prefeitura e do SAMU, veículos da Secretaria Municipal de Saúde, Hospital São Francisco de Assis, Polícias Civil e Militar, Cemig e de alguns profissionais médicos. Assim que o veículo estacionou no estabelecimento, a notícia se espalhou pelas redes sociais e uma fila enorme se formou por quilômetros. Motoristas amanheceram e muitos conseguiram abastecer com o que sobrou. Outros passaram o feriado de Corpus Christi nesta quinta-feira (31), nas filas que atravessaram ruas e bairros. Era preciso paciência para garantir o combustível.

Filas quilométricas durante todo o dia para abastecer os veículos

Uma carga com mil botijões foi escoltada até o Três Pontas Gás na noite de quarta-feira (30). A prioridade no atendimento foi o Hospital São Francisco de Assis, as escolas e creches municipais. O atendimento à população foi feito apenas pessoalmente, sem entrega a domicílio e metade do estoque já havia sido vendido até as 22:00 horas. Por volta das 14:00 horas desta quinta-feira já tinha acabado. Só há disponível gás industrial (P45) e de empilhadeira (P20). A previsão segundo o empresário Daniel José Vitor Silva, é que nesta sexta-feira a tarde uma nova carga chegue.

Dois detalhes chamaram a atenção. Primeiro, que algumas pessoas saíram de Varginha e vieram comprar botijões em Três Pontas, porque segundo eles, o preço lá estava bem mais caro. De acordo com a Polícia Militar, Três Pontas foi uma das primeiras cidades do Sul de Minas a receber o gás. Segundo, que com a falta do produto, muita gente aproveitou para comprar a cota inteira, para ter uma garantia maior caso haja outros problemas.