* Fábrica de material esportivo inaugura expansão na próxima semana em Nepomuceno
Denis Pereira – A Voz da Notícia
A Tecnotêxtil Confecções Ltda receberá o prêmio Mérito Industrial 2014, entregue pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). A cerimônia acontece nesta quinta-feira (15) às 20 horas, no Expominas em Belo Horizonte, dentro das comemorações do Dia da Indústria de Minas, quando acontece também a posse da nova diretoria da instituição, as entrega do prêmio Industrial do Ano e o grande colar do Mérito Industrial, que vai homenagear ex-governador de Minas Gerais entre 2010 e 2014, Antônio Augusto Junho Anastasia. Além da Tecnotêxtil, outras 14 empresas do Estado serão homenageadas.
O sócio proprietário da indústria de confecção Paulo Rosenberg Tarandach, atribui o prêmio a parceria que mantém ao longo dos 12 anos com colaboradores que fazem parte da história e com pessoas certas que juntos entendem o foco e missões da indústria. Se referindo aos funcionários sempre como colaboradores, Tarandach acredita que juntos aos clientes eles são importantes para a sociedade, trabalhando para se destacar cada vez mais.
A Tecnotêxtil segundo o empresário, é uma empresa sólida, em franca expansão e expectativa de vendas. Tanto que na próxima semana, vai estar iniciando as atividades em Nepomuceno, com a abertura de uma unidade nos setores de costura e acabamento. Nepomucenenses ficaram durante seis meses fazendo treinamento em Três Pontas, conhecendo a cultura e o perfil da empresa que recebeu grande apoio da Prefeitura da cidade para crescer e gerar emprego lá. “Foi o Município quem nos procurou e fez de tudo para que a gente fosse para lá. Diferente do que acontece em Três Pontas, que nos últimos dois anos não tivemos nenhum apoio”, afirmou Paulo Tarandach. Inicialmente serão contratadas 40 pessoas e, a tendência é aumentar o número de empregos gerados gradativamente em Nepomuceno.
A Tecnotêxtil fabrica material esportivo de importantes marcas e hoje conta com 620 pessoas no seu quadro de funcionários.
Dia da Indústria
O Dia da Indústria foi instituído pelo presidente Juscelino Kubitschek, em 1957. No mesmo ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criou a Medalha do Mérito Industrial para homenagear industriais de destaque no cenário nacional. A medalha nº 1 foi entregue ao Presidente JK, pelo industrial Lídio Lunardi, presidente da CNI e da Fiemg.
Em Minas, a comemoração teve início em 1960, na gestão Fábio de Araújo Motta. Naquele ano, foram condecorados os pioneiros da industrialização mineira, pessoalmente e através de suas famílias. Desde 1965, anualmente, no dia 25 de maio, ou em datas próximas, firmou-se a tradição da outorga da Medalha do Mérito Industrial a empresários de destaque. Os homenageados com esta Medalha são indicados pelos Sindicatos Patronais em todo o Estado. Essas indicações são examinadas pela Comissão do Mérito, que exige que os candidatos tenham alguns pré-requisitos como: um mínimo de 10 Anos de comando empresarial, pioneirismo na atuação, além de relevantes serviços prestados à comunidade. Em 1976, foi instituído o título de “Industrial do Ano”, que é escolhido por Comissão designada pelo presidente da Fiemg.
Prefeitura X Tecnotêxtil
A Prefeitura travou uma briga com a Tecnotêxtil em 2013, por causa de dois terrenos localizados ao lado da empresa no bairro Alcides Mesquita.
Um projeto de lei do Poder Executivo que está Câmara de Vereadores determina a devolução de três terrenos que a empresa não utilizou para a construção de uma creche ao lado do seu prédio. O problema é que a área doada pelo município em 2010, quando Luciana Mendonça (sem partido) era prefeita, estipulou prazos que segundo o Executivo, a Tecnotêxtil não teria cumprido. E a intenção era ampliar a fábrica, mas o projeto seria para a construção de uma creche para a empresa. Ano passado, funcionários chegaram a fazer uma manifestação contra a devolução dos terrenos temendo o fechamento da empresa.
O prefeito Paulo Luis Rabello disse na época, que o terreno só pode ser usado para construir a creche. A lei ainda determina que a obra teria que ser feita em 24 meses, o que não aconteceu. O caso mais grave segundo o gestor, é que um dos terrenos não pertence mais ao patrimônio público municipal e sim a uma entidade assistencial. Na época Paulo Luis negou ser a favor do fechamento da fábrica e disse que a empresa teria sido notificada do poderia acontecer.
O projeto de lei revogando a doação não chegou a ser votado, mais ainda está na Câmara. Outras empresas que descumpriram normas existentes nos projetos de lei, ou que não iniciaram as obras devolveram as áreas doadas.