Ele teria chamado pacientes de ‘macacada’ ao sair de um consultório médico no CAPS

Pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)  ficaram revoltados com a atitude tomada pelo vereador Antônio Carlos de Lima “Antônio do Lázaro” (PSD). Ele teria chamado pessoas que estavam no local de macacada e ofendido Vera Lúcia Valentim, a classificando como vagabunda.

Diversas pessoas que estavam aguardando por atendimento desde cedo na unidade, se revoltaram. Uma delas é a professora Ana Cristina de Abreu. Ela contou que o vereador chegou e logo foi chamado ao consultório médico, juntamente com seu filho.

O menino saiu primeiro e Antônio permaneceu mais um pouco lá dentro. Pouco tempo depois, o filho foi chamado novamente e o vereador saiu e voltou diversas vezes. Sem entender o que acontecia, a dona de casa Vera Lúcia Valentim de 45 anos, falou a seguinte frase “tem gente que não se toca”. O vereador Antônio respondeu que estava resolvendo problemas de seu filho e que ele não devia satisfação a ninguém. Começou a partir daí, uma série de ofensas, relatadas por Vera e testemunhas. No meio de todo mundo, o legislador esbravejou. “Vai te catar. Vai subir em um pau de sebo sua vagabunda”. Na saída, próximo a recepção ele chamou todos de ‘macacada’. “Como vereador ele deveria dar o exemplo e não usar palavras que ofendesse tanto”, declarou Cristina Abreu.

Vera Valentim diz que não conhece o vereador e muito menos teve algum problema com ele, mas nunca imaginou passar por uma situação dessas, ainda mais com um representante do povo.

Polícia Militar foi chamada e foi registrado um boletim de ocorrências. Foto: Equipe Positiva

Geraldo Valdeir Alves foi uma das pessoas que tomou as dores da moça. Na opinião dele, vereador e prefeito precisam impor, mas também darem respeito, por isto condena a atitude daquele que representa a população. Valdeir Alves também disse que Antônio do Lázaro perguntou para Vera se ela mandava no CAPS e mandou ela ir trabalhar.  “Se ele tivesse chamado apenas ela, eu já me sentiria ofendido, pois eu também sou negro. Nem se eu fosse branco eu não concordava”, condenou. O rapaz foi atrás do vereador e avisou que iria chamar a polícia. Antônio concordou e falou para ele tomar mesmo esta atitude, porém, entrou em seu carro e foi embora.

A Polícia Militar foi chamada e registrou um boletim de ocorrências sobre o caso. Diversas pessoas fizeram questão de serem qualificadas como testemunhas.

A Equipe Positiva tentou falar por telefone com o vereador, mas ele não atendeu as ligações.

O vereador Antônio Carlos de Lima cumpre seu terceiro mandato e faz parte da base do prefeito Dr. Luiz Roberto Laurindo Dias (PSD) na Câmara. Esta não é a primeira vez que o legislador se envolve em confusão. Em 2011, ele acusou uma servidora do Poder Legislativo de furtar presunto da sede da Câmara. Ela registrou ocorrência, entrou com processo na justiça e ele foi condenado a pagar R$3 mil de indenização.

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