*Eles votaram a LDO antes de entrarem de recesso parlamentar

Os vereadores tiveram dois projetos importantes na pauta da sessão ordinária da noite desta segunda-feira (17), a última sessão do semestre no Poder Legislativo de Três Pontas. Com isto, os legisladores entraram de férias, o chamado recesso parlamentar. Se não houver nenhum pedido de reunião extraordinária, eles só retornam aos trabalhos, no dia 07 de agosto. Caso necessite de urgência na votação de algum projeto, cabe a Comissão de Recesso analisar o pedido geralmente feito pelo Poder Executivo.

Ela está formada pelos vereadores Maycon Douglas Machado (PDT), Geraldo José Prado “Coelho do Bar” (PSD) e Donizetti Benício Baldansi (PSL). Eles não resolveram ainda quem vai ocupar os cargos de presidente, relator e membro.

Coelho, Maycon e Benício formam a Comissão de Recesso

O projeto que ganhou mais destaque, foi o pedido feito pelo vereador Antônio Carlos de Lima (PSD), de abertura de crédito suplementar no valor de R$363 mil para salvar a folha de pagamento dos servidores do Poder Executivo.

A oposição bateu e ganhou o apoio do vereador Coelho do Bar. O vereador Sérgio Eugênio Silva (PPS), mencionou primeiro a redação do projeto que trocou abertura de crédito suplementar por abertura de crédito adicional especial. É que no mandato anterior o bloco oposicionista fazia duras críticas quando havia algum erro no texto, dizendo que não tinha gente especializada para cuidar da elaboração dos projetos, mas agora os erros são ainda maiores. Serjão continuou seu pronunciamento dizendo que votar um projeto deste já em julho é sinal de preocupação e lhe assusta.

Roberto Donizetti Cardoso (PP), generalizou ao dizer que são muitos projetos que estão com erros, o que não se justifica já que são 12 advogados na equipe jurídica da atual gestão. Robertinho também repreendeu o prefeito Luiz Roberto que fica nas redes sociais curtindo postagens de perfis falsos (fakes) que fala mal dos vereadores.

Coelho também demonstrou preocupação com os gastos com pessoal. Ele alertou que ao passar da porcentagem permitida pela Lei de Responsabilidade Fiscal é perigoso.

Já Érik dos Reis Roberto (PSDB), lembrou que a contratação de cargos de confiança faz parte das jogadas políticas de todo mandato, porém, atualmente são mais de 80% dos servidores sem carreira, ou seja, gente de fora.

Apesar das manifestações, o projeto foi aprovado por unanimidade.

LDO aprovada com emendas

Os vereadores aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com suas emendas no pacotão. Foi feita apenas a leitura das emendas aditivas feitas pelos vereadores Luiz Flávio Floriano (PSL), Maycon Machado e Marlene Lima Oliveira (PDT) e também pela Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, que em audiência pública ouviu moradores.

A LDO funciona como elo entre o Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). A autorização possibilita que o Legislativo participe da orientação da elaboração da proposta orçamentária, permitindo a discussão de princípios essenciais da estrutura do orçamento anual, proporcionando condições para que as demandas específicas da população sejam atendidas.

Entre as demandas, Maycon e Marlene apresentaram juntos emendas como a construção de quadra poliesportiva no bairro Jardim das Esmeraldas; asfaltamento da estrada do Foguetinho até a Rodovia MG 167 – Três Pontas/Varginha, subvenção social aos Socorristas Voluntários Anjos da Vida; subvenção social à Associação Mineira de Handebol; a entidade Padre Wallace de Apoio ao Menor Carente; reforma da arquibancada do Estádio Municipal Prefeito Nilson Vilela no bairro Morada Nova; construção de postos de saúde na Vila Marilena e Jardim das Esmeraldas e conclusão do asfaltamento de uma das entradas do Parque Multiuso da Mina do Padre Victor e revitalização.

Hospital, Fenac e reforma da Praça ganharam destaque na Câmara

O vereador Robertinho Cardoso usou seus cinco minutos do Pequeno Expediente para lamentar a perda da etapa do Festival Nacional da Canção (Fenac) para a cidade de Coqueiral. Sobre as declarações de que o gasto não estava orçado, o legislador desmentiu e radicalizou. “Estão achando que a gente é bobo. Dizem que falta dinheiro, mas gastam com inaugurações de reformas de praças e R$9 mil com sanduíches durante o Carnaval”, disparou Robertinho.

Maycon Machado parabenizou a Administração pela inauguração da revitalização da Praça Teodósio Bandeira, a Praça do Pirulito, mas chamou a atenção para aquelas que estão nos bairros e necessitam de atenção da Secretaria de Obras, como também as quadras poliesportivas que necessitam de melhoria na iluminação.

Sérgio Silva avaliou que ficou excelente a reforma, mas, não poupou palavras para falar do erro em instalar na Praça o semáforo. A fila de carros teria chegado na Praça da Matriz e quem descia a Rua Minas Gerais ou saia da Rua São Pedro sofreu. “É preciso ouvir as pessoas que as vezes se erra menos, mesmo aquelas que não são especialistas do assunto não tem conhecimento técnico, mas conhecem a cidade.

Ele também contou da discussão que teve em uma rede social com um assessor de imprensa da Prefeitura na página oficial. A Administração noticiou como grande acontecimento, a liberação de R$205 mil por parte do secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Sávio Souza Cruz para o Hospital São Francisco de Assis. Para Serjão, não há motivos para comemorar, já que a dívida do Estado com a Santa Casa é de R$1,5 milhão. “Só vou aplaudir quando vir grande parte do que devem ao Hospital”, justificou seu posicionamento lembrando que os vereadores contribuiram, quando o Poder Legislativo devolveu há meses R$100 mil para ser destinado à Santa Casa e só repassado a poucos dias.

Sobre o Fenac, acha que foi por questões políticas que a festa foi retirada da rota de Três Pontas.

Ainda sobre o semáforo, Coelho concordou e diz já era um problema anunciado, porque fazem de qualquer jeito e sem planejamento. “E ainda tem gente na Prefeitura que fica de cara ruim quando eu critico”, revelou o vereador da base, que sempre tem cutucado o Executivo.

Sobre o Hospital opinou que se nos próximos dias o repasse não for feito é preciso fazer uma grande manifestação fechando a rodovia para chamar a atenção das autoridades para o problema. Caso ainda não resolva a intenção é ir para Belo Horizonte, demonstrar a indignação com o Governo. “Precisamos de todo mundo nesta luta que é de todos”, convocou Coelho.

Coelho quer fazer uma grande manifestação se dinheiro não chegar na Santa Casa