Os vereadores se posicionaram na sessão ordinária desta segunda-feira (06), sobre o atentado a Escola Estadual Deputado Teodósio Bandeira na última quarta-feira (01), em Três Pontas. Todos os nove legisladores que usaram a Tribuna no Pequeno Expediente lamentaram o incêndio provocado por quatro menores que tem idade entre 15 e 17 anos, que foram apreendidos e liberados no início da noite deste domingo (05) e comoveu toda a cidade.

Quem abriu as manifestações foi o vereador Vitor Bárbara (PDT), que disse que atualmente não se respeita o local onde se aprende a ler, escrever e se forma cidadão. Ele também condenou a legislação que é muito frágil e infelizmente coloca nas ruas menores infratores.

O peemedebista José Henrique Portugal que estudou no “Estadual” criticou o Estatuto da Criança e Adolescente que com o passar dos anos vem criando marginais. Por isto, Portugal revelou ser favorável a diminuição da maioridade penal para 14 anos de idade.

A secretária da Mesa Diretora Valéria Evangelista Oliveira (PPS), se postou indignada em relação ao ato cometido contra a Escola, que mexeu com toda comunidade. Valerinha se colocou a disposição para ajudar na reconstrução do prédio buscando apoio de outras esferas e opinou que segurança pública vai além da atuação das polícias.

O petista Francisco Botrel Azarias contou que fez uma visita ao prédio onde trabalhou há alguns anos como pedreiro. Para ele, a Câmara precisa ser um suporte para reerguer a escola e encarar o ato como normal e de rotina. Os menores, segundo Chico Botrel, precisam estar em um Centro Sócio Educativo para não ter a sensação de impunidade, de que podem fazer de tudo.

O vice presidente Geraldo Messias Cabral apontou a crescente violência em todos os âmbitos e levantou um assunto polêmico de 2008, do primeiro mandato do prefeito Paulo Luis Rabello (PPS). A questão da instalação do Centro Sócio Educativo, que seria instalado pelo Governo do Estado de Minas Gerais próximo a Escola Municipal José Vieira de Mendonça, a Escola Agrícola. “Lamentavelmente a realidade poderia ser outra e Três Pontas perdeu com isto”, opinou Geraldo.

O líder do prefeito na Câmara Sérgio Eugênio Silva (PPS), também recordou do Centro que seria instalado no Município e não escondeu que se fosse construído haveria mais facilidade de encontrar uma vaga para os quatro adolescentes que acabaram sendo liberados. “Poderia até ser em outro local, mas foi feito um movimento envolvendo inclusive autoridades contrárias a Unidade”, disse Serjão.

Ao comentar sobre o incêndio, o vereador falou que se assustou ao ver na internet as imagens do estrago. Ele parabenizou a resposta rápida da Polícia Militar e do Poder Judiciário, mas lamentou que os “meninos” tenham conseguido sair do Presídio onde permaneceram por cinco dias apreendidos e não terem nenhum sentimento de arrependimento, o que está estampado nas redes sociais.

O Professor Francisco Fabiano Diniz “Popó” (PSL) leu um texto que preparou em casa quando pensava no fato ocorrido na Escola Teodósio Bandeira. Ele considerou a ação como um “estupro da educação”. Ele recordou de quando era estudante, tomou bons xingos por não saber a tabuada e não conhece aluno que frequentou a escola, tomou reguada, puxão de orelha de professor e não tenha virado gente. Popó condenou a falta de atualização do ECA e solicitou que a PM seja oficiada em reconhecimento pela ação rápida e capturado os responsáveis pela atrocidade contra o colégio.

Por último, Paulo Vitor da Silva (PSL) também recordou que defendeu e mantém seu posicionamento favorável à instalação do Centro Sócio Educativo, talvez em outro local, mas o vandalismo contra o Estadual causou um clima de tristeza enorme.

1 Comentário

  1. E … nossos nobres edis irão acabar aqui? Desculpe-me, mas a “tarefa de indignar-se” é do povo que quase não tem mais o que fazer.
    Esperava (e ainda espero) das autoridades AÇÕES práticas.
    Não adianta ficar queixando contra o ECA, pois não mudaremos esta lei somente no município.
    Tbm não adianta reclamarmos que poderia ser diferente.
    Que tal propor ações concretas? O que, dentro da lei e realidade atuais, o poder público pode fazer?
    Por exemplo, ceder ou alugar um imóvel local, para tornar-se centro sócio educativo? Ou algo do gênero?
    Ações, e não palavras. É isso que precisamos de nossos representantes.

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