As cartelas do tradicional Bingo Beneficente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Três Pontas estão à venda. Os recursos arrecadados são importantes e serão aplicados na manutenção diária da Instituição.

Com um leque de atendimentos ampliados desde agosto deste ano, como o Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual (CER II), com 46 anos de fundação a APAE cresceu e continua ampliando sua estrutura para conseguir atender a crescente demanda.

O CER II da APAE teve sua habilitação técnica pactuada com o Ministério da Saúde para atender cerca de 750 usuários e, com apenas quatro meses, já está quase batendo a meta, isto porque agora, além de atender o município de Três Pontas, também atende aos usuários das outras quatro cidades da microrregião de saúde, composta por Santana da Vargem, Coqueiral, Boa Esperança e Ilicínea. Estes municípios tem uma demanda reprimida muito grande na área de habilitação e reabilitação da pessoa com deficiência, tanto na área intelectual como na área física. O CER II da APAE de Três Pontas também absorveu, com esta habilitação, todos os pacientes da microrregião de saúde de Três Pontas que faziam acompanhamento no Centro de Reabilitação de Varginha. A previsão é de que, quando estiver em pleno funcionamento, o CER irá atender mais de mil usuários.

Para conseguir esta habilitação, a APAE segue uma portaria bastante criteriosa, que determina a ampliação da equipe multidisciplinar com a contratação de novos profissionais: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, enfermeiros, psicólogos e médicos especialistas. Eles são responsáveis por atender, em tratamento mais humanizado, cerca de 300 usuários a mais por mês. Os atendimentos se estendem a Mal de Parkinson, Alzheimer, além de Acidente Vascular Cerebral (AVC) com sequelas e também Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de Locomoção – OPM’s. O CER conta ainda com serviços de hidroterapia e equoterapia; serviços caros que dependem de campanhas realizadas pela Instituição para mantê-los em funcionamento, uma vez que não são financiados pelo SUS. Além disso, quem trabalha na área da saúde, sabe que os repasses são insuficientes. Porém, a APAE sabe da necessidade, não apenas pela demanda, mas também pelos resultados apresentados.

Desde 2014, é feito o Teste da Orelhinha em bebês, que detecta deficiências precocemente e é mantido o Programa Olhar, um acompanhamento infantil que se tornou referência para detectar sofrimento psíquico em bebês, possibilitando tratá-los de forma precoce.

No caso de Ostomia – na qual o usuário precisou passar por uma intervenção cirúrgica para fazer no corpo uma abertura ou caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para a saída de fezes ou urina, o CER II realiza o serviço de dispensação de bolsas. Os pacientes contam ainda com acompanhamento de clínico geral, nutricionista e psicólogo, que não são previstos em lei pelo SUS, mas que são fundamentais para a reabilitação destes usuários.

Para manter tamanha estrutura, e com excelência, não basta apenas os recursos do Ministério da Saúde e demais repasses governamentais, o restante tem que ser angariado através dos eventos realizados pela APAE. A comunidade contribui e precisa ajudar mesmo.

De acordo com a Superintendente do CER II da Apae de Três Pontas, Maria Rozilda Gama Reis, quando as pessoas comentam que a APAE não precisa de ajuda, isso a preocupa. São 734 pessoas atendidas, mais de 30 usuários da comunidade na fisioterapia ortopédica, 70 bebês passam pelo Teste da Orelhinha e 80 bebês no Programa Olhar. Segundo Rozilda, em breve o Centro irá passar a fornecer órteses, próteses e cadeiras de rodas comuns e motorizadas. São ainda realizados cerca de 10 a 12 mil procedimentos por mês. “A gente gostaria que todos colaborassem, pois muita gente já fez uso do nosso atendimento, tem um familiar ou conhecido que já passou por aqui e muitos ainda virão. Nós precisamos ter uma visão humanitária, para estes serviços que são referência no município e região”, pontuou Rozilda Gama.

O Gerente do CER, Nuno Augusto Alves, explica que este ano o Bingo Beneficente será em novo local, no pátio da Fateps, instituição educacional que mais uma vez demonstrou sua parceria com a APAE. Em caso de chuva, já existe um plano “B”. O Ginásio Poliesportivo Governador Aureliano Chaves de Mendonça sediará o evento. As cartelas custam R$20,00 e podem ser encontradas na Apae e em uma tenda montada na Praça Tristão Nogueira, a Praça da Fonte.

No domingo dia 16, a partir das 7:30 da manhã, é possível adquirir a cartela no local. O Bingo começa às 10:00 horas e serão sorteados cinco prêmios, quatro em dinheiro. Pela ordem: R$500, R$1 mil, R$3 mil e R$5 mil. Por último, um veículo zero quilômetro, no valor de R$32 mil. A novidade deste ano é que o ganhador poderá optar pelo dinheiro, neste caso, R$28 mil reais que serão pagos na hora. Isso porque a APAE percebeu que os ganhadores do prêmio principal geralmente vendem o carro por um preço muito abaixo da tabela. Haverá uma barraca vendendo bebidas e petiscos. A previsão de término é por volta de meio dia. A APAE conta com a presença de toda a comunidade neste grande e tradicional evento.

A superintendente e o gerente do CER II da Apae de Três Pontas, Maria Rozilda e Nuno Augusto