Peça teatral conta a trajetória de Padre Victor. Foto: Arquivo EP

Ler um livro que traz a história de vida do Venerável Padre Victor é algo que prende a atenção, remete a imaginação da época de quando ele chegou em Três Pontas, em 1852. As dificuldades que enfrentou, primeiro para ser padre, depois de ser pastor. A sua dedicação e virtudes o fizeram ser admirado por todos.

Agora, imagina ver a encenação desta história real, vivia por um sacerdote que hoje é amado e exemplo a ser seguido. A peça do Grupo de Teatro Caminhos da Juventude foi apresentada debaixo de um sol escaldante, as 11 horas da manhã. Alguns conseguiram se abrigar a sombra de algumas árvores. Outros nem se importaram com a temperatura absurda que os termômetros chegaram a marcar, acima dos 30° graus.

A peça foi escrita é é dirigida pelo servidor público Francisco de Paula Vitor Gomes. É ele22 1 mesmo quem também narra a história. Tudo começou com um pedido feito a ele pelo ex-prefeito Tadeu Mendonça, quando chefiava o Poder Executivo e o processo de beatificação dava os primeiros passos. Francisco não recorda bem o ano, mas lembra que há 8 anos a apresentação foi interrompida. Voltou agora, em 2015, a pedido da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Turismo. O privilégio de criar e resgatar algo que traz tanta emoção é considerado por ele um dom de Deus. Foram três meses de ensaios e as dificuldades não fizeram o grupo desistir. O encontro para preparar tudo era apenas uma vez por semana, sempre aos domingos e a tarde. Ao todo são 40 pessoas, incluindo aqueles que ajudaram no cenário, muitos familiares dos próprios atores, que anônimos e sem experiência alcançaram o objetivo, de mostrar de fato o quanto Padre Victor viveu para seu povo, por isto, merece a honra dos altares e já é chamado e considerado santo. Como fazia tempo que a peça não acontecia, os trajes precisaram serem refeitos e as costureiras capricharam, deixando tudo como era, quando Padre Victor era ainda dada os primeiros passos.

01Foi assim que começou, lá em Campanha em 1827, a trajetória deste servo fiel de Deus, o filho da escrava Lourença Maria de Jesus. O Victor alfaiate (foto), quando demonstrou e contou que queria ser padre ao mestre Inácio.

A chegada difícil ao Seminário de Mariana. As barreiras que pareciam instransponíveis para a época que ele venceu, chegando a ser sacerdote. A sua nomeação para Três Pontas em 1852, como Vigário Encomendado.

Uma das partes mais emocionantes mostrada no palco foi quando ele visitava doentes e atendia a população em suas necessidades, sem olhar a quem, principalmente aos mais pobres.

Sua vida em Três Pontas durante 53 anos, e sua morte em 23 de setembro de 1905, que abalou a cidade e toda a região que o procurava, em busca de um alento, uma proteção, uma palavra amiga, de Deus. Padre Francisco foi um líder que criou a Escola Sagrada Família. Nunca quis dinheiro, recebia ajuda de fazendeiros, mas sem mesmo saber a quantia doava aos mais pobres. Esquecia de si mesmo, tirava da sua boca para sustentar os outros e por isto chegou ser considerado um caloteiro.

A apresentação durou cerca de 2 horas, do nascimento a morte do Venerável Padre Victor. No fim, os atores se cumprimentaram, receberam o carinho de trespontanos e romeiros, distribuíram as flores que foram colocadas junto ao corpo do sacerdote.

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