Alguns postaram nas redes sociais “em Três Pontas tem Carnaval sim”. É que o bloco caricato “Ai Se Eu Te Pego” juntou toda a sua turma para se apresenta no Sambódromo Jaime Abreu na noite deste sábado (10). Eles são um dos 11 blocos que estavam ensaiando e se preparando para os tradicionais desfiles durante os quatro dias da Festa de Momo. Mas foram surpreendidos com o cancelamento do Carnaval, 10 dias antes de começar, seguindo a orientação do Ministério Público.

Com som, bateria, gente fantasiada e até mestre sala e porta bandeira – Willian e Poliane, o “Ai Se Eu Te Pego”, fez o seu Carnaval sozinho e levou um pouco de alegria aos trespontanos que souberam da iniciativa deles, autorizada pelas autoridades. Ao invés do tradicional e habitual desfile, foi uma apresentação que colocou muita gente para dançar e matar saudades.

Porta bandeira Poliane e Mestre Sala Willian – Fotos: Equipe Positiva

Os integrantes da bateria estavam todos animados e soaram a camisa personalizada para a festa. O estudante Bruno Viana era um dos mais animados e, mesmo sem muito critério quem se animou, curtiu o samba no Sambódromo. É obvio que não havia tanta gente nas arquibancadas. Mas diante do cancelamento da maior festa popular do Brasil, o bloco cumpriu seu papel. A satisfação era a mesma de se apresentar a um grande público. Restou no fim, os agradecimentos aos esforços, a garra e a coragem dos líderes do “Ai Se Eu Te Pego”.

De acordo com o presidente Márcio Pereira da Silva “Peixeiro”, desde o ano passado, eles desfilaram como escola de samba, homenageando o fazendeiro Deca Miranda, que faleceu em outubro de 2017 aos 92 anos. Foram 600 pessoas e este ano a expectativa era ainda maior, para homenagear a fábrica de confecção Tecnotêxtil, referência mundial no setor textil, como diz a letra do samba enredo. Foram meses se preparando. Era para ter em 2018, alas, comissão de frente e uma bateria “nota 10”, conta Peixeiro. Só a bateria ensaiou durante 30 dias no Parque Multi Uso da Mina do Padre Victor.

Um dos motivos que fizeram o bloco desfilar mesmo sem o Carnaval foi os custos que eles tiveram, bancados do bolso de cada que adora brincar na festa. Só a roupa da porta bandeira Poliane, custou R$800. “Quando dei a notícia faltando 10 dias que não haveria Carnaval, o coração dela e de muita gente cortou”, relatou o presidente. Ainda segundo Peixeiro, foi muita correria para fazer os ofícios e conseguir autorização da Prefeitura para se apresentar. O corre corre foi até na hora que eles chegaram no Sambódromo e a via não estava interditada, conforme solicitado.

 

 

Durante todo o tempo da apresentação a Polícia Militar permaneceu no local com um grande efetivo. Apesar de não ter Carnaval, a 151º Companhia de Polícia Militar fez escala especial e reforçou os turnos de serviço, inclusive com policiamento no Distrito do Pontalete, onde muita gente aproveita a festa e desta vez foi para descansar.

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