Foto: arquivo EP

 

A Polícia Militar procura por “Boca Preta” e um comparsa dele de 39 anos, suspeitos de esfaquear um rapaz de 27 anos, na noite desta sexta-feira (07), no Centro de Três Pontas.

Uma guarnição da PM foi chamada na Rua Minas Gerais, pouco antes da meia noite, onde segundo a vítima, “Boca Preta” e um colega dele, chegaram em sua casa, arrombaram a porta, invadiram o imóvel, agrediram o rapaz e depois desferiram uma facada. O golpe teria atingido a região da cintura. A polícia acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que socorreu a vítima para o Pronto Atendimento Municipal (PAM). O rapaz teve ferimentos leves, mas permaneceu em observação médica. Ele já tem passagens na polícia por envolvimento com o tráfico de drogas.

‘Boca Preta” e o outro suspeito ainda não foram encontrados. De acordo com a PM, “Boca” foi abordado por uma guarnição da polícia uma hora antes do crime, nas proximidades da Praça do Galo e não estava armado.

Duas vezes em uma semana 

No fim da semana passada, “Boca Preta” agiu pela primeira vez desde que saiu do Presídio. Moradores do bairro Aristides Vieira informaram que ele estaria bebendo com um amigo em uma casa na Rua Adolfo de Paula Pereira. Eles se desentenderam, “Boca Preta” pegou um garfo e atacou o colega com vários golpes nas costas. A vítima não procurou atendimento médico e a polícia também não foi acionada para registrar a ocorrência.

Toca o terror

A justiça mandou soltar “Boca Preta” no dia 23 de julho. Ele foi preso depois de esfaquear pelo menos três pessoas, em pouco mais de um mês, no início do ano em Três Pontas. O rapaz estava preso no Presídio da cidade desde 14 de fevereiro. Ele foi preso diversas vezes, mas acabava sendo liberado depois de assinar Termos Circunstanciais de Ocorrências (TCO).

Sem falar as outras tantas vezes que a Polícia Militar o encontrou armado com faca, evitando que ele matasse as vítimas, como estava prometendo na época. Quando foi preso pela Polícia Civil no bairro Vila Marilena, não ofereceu resistência e permaneceu em silêncio.

Beneficiado pela justiça

Na decisão assinada pelo juiz criminal Dr. Enismar Kelley de Freitas, que liberou “Boca Preta”, foi ressaltado que o inquérito policial foi concluído apenas no dia 02 de maio, quase três meses depois e a instrução processual não começou. “Boca Preta” está preso a 5 meses e já teria cumprido a título de prisão processual, quase metade da pena mínima, ao delito que ele é acusado, tornando desproporcional a sua prisão. O magistrado, ainda, afirma que houve uma demora injustificada do processo que não pode causar prejuízo ao preso, já que sequer havia previsão de audiência de instrução e julgamento do caso. As audiências serão marcadas após a pandemia, quando os prazos dos processos retomarem da suspensão.

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