O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e candidato ao governo de Minas Gerais, Adalclever Lopes (MDB), passou o dia de ontem em reuniões para tentar definir o nome que vai disputar o Senado pela coligação Minas Tem Jeito. O nome mais cotado até o fechamento desta edição era o do deputado estadual Mário Henrique Caixa (PV). Também estava sendo especulado para o posto o ex-ministro Hélio Costa (MDB), que estaria disposto a sair da aposentadoria política se tivesse chances reais para vencer a disputa. Correndo por fora está o deputado federal Mário Heringer (PDT).

A perspectiva é que as reuniões para a definição varassem a madrugada, para que hoje, na inauguração do comitê de campanha de Adalclever, já fosse possível anunciar quem vai completar a chapa.

A primeira opção dos líderes partidários das cinco siglas que permanecem na coligação (MDB, Podemos, PV, PDT e PRB) é por Mário Henrique Caixa. Por ser conhecido como narrador de jogos de futebol do Atlético, a avaliação é que ele já largaria nas pesquisas com bons números e poderia crescer ainda mais com o bom tempo de TV que chapa terá. Como a coligação conta apenas com um candidato ao Senado, todo o tempo seria explorado por ele para conseguir se consolidar pelo menos na segunda colocação, já que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) está isolada na liderança. O entrave é convencer o deputado estadual a abandonar a profissão de narrador, já que, atuando em Brasília, seria difícil conciliar com os jogos.

“A narração é uma questão muito importante na minha vida. Sou radialista há muitos anos. Ter que me afastar da minha profissão, com a possibilidade de ganhar as eleições e ir para Brasília, realmente é algo que mexeu muito comigo. Mas estou sendo muito bem orientado, minha família está do meu lado, e vamos tomar a melhor decisão nas próximas horas”, disse Caixa, na noite de ontem, um pouco antes de inaugurar seu comitê de campanha, ainda para deputado estadual.

Ele destacou ainda que, se topar a candidatura ao Senado, suas chances de vitória são grandes. “É uma chapa que vai apresentar um candidato apenas para o Senado. Temos muito tempo de televisão, então, eu estou entusiasmado”, concluiu.

Experiente. Já o ex-ministro Hélio Costa estaria disposto a largar suas atividades no setor privado para disputar o Senado se houver chances reais de ser eleito.

“Eu estou muito bem na minha atividade profissional. Passei oito anos longe da política. Mas, se o partido me mostrar que as pesquisas apontam que o eleitor ainda me conhece e que tenho possibilidades de vencer as eleições, eu posso considerar entrar nessa disputa. Já fui eleito senador por Minas, já fui ministro, disputei por duas vezes o governo do Estado. Então, se ainda tiver viabilidade eleitoral, tenho experiência para representar Minas”, disse.

Hélio Costa está longe da política desde 2010. Naquele ano ele disputou o governo de Minas e perdeu ainda no primeiro turno para o senador Antonio Anastasia (PSDB). Na época, o tucano era o governador e tentava a reeleição.

Alternativa

Por fora. Uma terceira opção para disputa ao Senado seria o deputado federal Mário Heringer (PDT). Porém, ele teria dificuldades para desfazer acordos já firmados por sua candidatura à reeleição. (Fonte: O Tempo)