A Câmara Municipal de Três Pontas realizou mais uma sessão ordinária nesta segunda-feira (15), com apenas dois itens na pauta de votações, mas apenas um foi votado, com a presença de todos os vereadores. Érik dos Reis Roberto (PSDB), voltou ao trabalho parlamentar depois de ficar afastado três reuniões por determinação médica, por ter contraído a Dengue.

Ele foi o primeiro a usar a Tribuna. Primeiro agradeceu a manifestação de carinho dos colegas e servidores enquanto esteve ausente. Depois, comentou da quantidade de casos da doença registrado na cidade. “É mais fácil hoje perguntar quem não esteve ou está com Dengue”, brincou Érik. Porém, chamou a responsabilidade não apenas ao poder público, mas também às pessoas que não colaboram. Atitudes como colocar lixo na rua fora de hora, jogar lixo nos córregos e terrenos, são mal exemplos adotados pela população, exemplificou o tucano. Mas ele não deixou de manifestar seu repúdio com uma entrevista do secretário de Meio Ambiente Marcelo Figueiredo a uma emissora de televisão, em que afirmou que a situação de surto já era esperada. “Se já esperado e não fez nada é sinal de incompetência. Me solidarizo com o prefeito [Marcelo Chaves] que pensou ter colocado ao seu lado um profissional competente, criticou o vereador Érik.

O vereador Roberto Donizetti Cardoso (Robertinho – Podemos), pediu ofício ao Poder Executivo indagando que existe projeto para que envie à Câmara o projeto de canalização do córrego que passa pela Avenida Conceição Queiroz Marinho, no bairro Chácara Catumbi. Ele justificou que a obra é muito necessária e que os parlamentares podem buscar com seus deputados recursos para fazer a obra. Robertinho quer saber do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), quanto foram gastos com aluguel de retroescavadeiras de janeiro de 2017 a abril de 2019.

Já o vereador Geraldo José Prado (Coelho – PSD) continuou as cobranças quanto a infraestrutura da cidade. Falou da situação das ruas do bairro Cidade Jardim, do abandono da obra da creche que está sendo construída no Complexo Randal Diniz, onde está se acumulando água, do mato no Ginásio Poliesportivo Delvo Corrêa e pediu providências, apesar de que há meses faz reivindicações e nada está sendo feito. Na avaliação de Coelho, não adianta falar, gastar papel da Câmara e ocupar funcionários formalizando ofícios, se o Poder Executivo não faz nada.

Sérgio Eugênio Silva (PPS) fez elogios, mas ao Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER). É que ele havia solicitado a limpeza do acostamento da MG 167, entre Três Pontas e Varginha e também a colocação de placas indicando a presença de ciclistas. Sérgio recebeu ofício de que os serviços serão realizados no primeiro semestre.

O vice presidente Antônio Carlos de Lima (Antônio do Lázaro – PSD) tentou inserir na pauta o projeto que promove uma Reforma Administrativa na Prefeitura. Ela adequa a estrutura e corta cargos de confiança que segundo o Poder Executivo, provocará uma economia de R$1,5 milhão. O projeto é complexo e quando foi anunciado já gerou manifestação contrária na oposição. A proposta foi a primeira a ser protocolada na Câmara, em janeiro deste ano, passou pelas Comissões, mas ainda não é consenso votar agora. Tanto é que Antônio, não conseguiu tendo apenas o voto dele para acrescentar o projeto 001 na pauta.

Passado à pauta, um projeto dos vereadores Coelho, Benício e Antônio do Lázaro foi elogiado, mas segundo alguns parlamentares do Legislativo, falta ainda alguns ajustes a serem feitos para que a lei não fique apenas no papel. A propositura foi retirada a pedido dos autores após amplo debate e sugestões de emendas por Sérgio Silva e Marlene Lima Oliveira (PDT). A proposta trata da remoção de veículos, carcaças, chassis ou partes de veículos abandonados ou estacionados em situação que caracterize seu abandono em via pública do Município.

Benício saiu em defesa da remoção e contou que há veículos abandonados na cidade toda. Robertinho falou que primeiro o Município tem que dar exemplo, retirando do Centro Eventos Wagner Tiso, veículos e carcaças da Prefeitura, que inclusive estão servindo de criatório do mosquito Aedes Aegypti.

Sérgio até concorda com a lei, mas enfatizou a necesidade de que os proprietários sejam notificados primeiro e tenham um prazo para fazer a retirada. Marlene avalia que o projeto tem vício de iniciativa, ou seja, deve ser feito pelo Executivo.

Érik concorda que os veículos precisam ser realmente retirados, mas alertou que teve problemas com isso quando foi vice prefeito (2013-2016). É que a partir do momento que o Município recolhe estes materiais, ele passa a ser responsável e pode responder judicialmente. O tucano questionou “quem vai fazer o recolhimento? Para onde vai? Quem será o responsável?, deixou as interrogações. O vereador solicitou que os colegas analisem o caso com calma. Diante das dúvidas e sugestões, Antônio pediu a retirada do projeto que agora retorna as Comissões Técnicas.

Um único ítem foi votado e aprovado por unanimidade. De autoria do vereador Coelho, ele está requisitando através de Requerimento, a relação de gastos com peças para veículos da Secretaria Municipal de Transportes e Obras nos últimos 5 meses e a relação de ônibus da Secretaria Municipal de Educação que estão sendo abastecidos, contendo valor gasto com os mesmos e nomes dos postos de combustíveis que prestaram o serviço.