Vereador Luciano Diniz sugeriu a criação de comissão de vereadores para acompanhar a pandemia e anuncia trabalho para implantar polo de instituto federal na Escola Agrícola

A Câmara retomou as reuniões ordinárias nesta segunda-feira (07), depois de uma semana sem atendimento ao público no prédio do Poder Legislativo e sessão de votação, por causa que uma servidora testou positivo e o filho de uma outra funcionária testou positivo.

No retorno, quatro projetos do Poder Executivo votam votados e vários assuntos abordados pelos vereadores no Pequeno Expediente. As falas começaram pelo vereador Luciano Reis Diniz (PV), que se solidarizou com famílias enlutadas pela Covid-19. Ele lamentou que as pessoas estão ficando tensas e ansiosas e pediu tranquilidade ao serem internadas e entubadas, que os pacientes confiem nas equipes médicas e de enfermagem, pois há uma preocupação muito grande deles em que todos se recuperem.

Ainda falando da pandemia, Luciano Diniz sugeriu aos colegas a formação de uma comissão entre eles, para acompanhar o que está sendo feito pelo Município em relação ao combate e prevenção da doença. O legislador diz que os vereadores são cobrados demais e ficam sem saber o que dizer pois não tem informação nenhuma. Na opinião dele, como representantes do povo podem acompanhar de perto as decisões tomadas, dar sugestões ao Comitê e assim poder informar a população.

Luciano terminou sua fala, destacando a primeira viagem que fez a Brasília como vereador. Seu objetivo tem sido trabalhar pela implantação de um polo do Instituto Federal de Minas Gerais, de Muzambinho em Três Pontas. Na capital federal, ele foi a deputados para que eles façam a indicação e o município consiga ter este grande investimento na formação de profissionais. A intenção do Instituto é implantar em uma área ao lado da Escola Agrícola quatro cursos: técnico agrícola, técnico de informática volta a agricultura e administração rural.

A vereadora Maria Selena Silva (Selena Caté – PSD), comentou que ainda tem muita gente andando nas ruas sem usar máscara. Muitas não tem condições de adquirir a proteção e algumas vem da zona rural de forma repentina acabam esquecendo e tendo problemas para inclusive entrar em estabelecimentos. Ela sugeriu que a Prefeitura faça a doação de máscara e álcool em gel às pessoas carentes, utilizando recursos que o Município está recebendo.

Já o vereador Professor Francisco Fabiano Diniz Júnior (Popó – PP), diz ter visto outro dia no Centro, uma mulher grávida sem máscara. Ele se manifestou contrário ao lockdown e viu que em um município onde se fechou tudo, as pessoas compraram bebidas e foram aglomerar em ranchos, por isso, acha que este não é o caminho. Popó diz ter visto os dados divulgados pela Equipe Positiva sobre a taxa de ocupação do Hospital e entendeu que se está em 128%, é porque existe uma fila de espera. O vereador revelou que vai se vacinar nesta terça-feira (08) e está muito feliz.

O vereador Paulo Vitor da Silva (PP), também diz não ver a contribuição de uma parcela da população frente a pandemia, mas lembrou da responsabilidade e do poder de “policia” e de impor medidas para amenizar a situação pandêmica, que ele não tem visto. Ele concordou com Luciano Diniz no que se refere a falta de informações. Os vereadores não sabem sobre leitos, estrutura, material, medicação, entre outros questionamentos feitos a eles pelas pessoas. Ele não sabe se o caminho seria a criação desta Comissão que foi sugerida, mas existem muitas formas de colocá-los a par da situação, inclusive através do grupo deles no whatsapp.

Paulinho falou de prioridade. Ele tem visto que desde quando Marcelo Chaves assumiu a Prefeitura, o prédio está em constante reforma e com a construção de salas. O vereador esclareceu que não é contra melhorias, que elas são necessárias, só não sabe se isto seria prioridade neste momento, enquanto outras medidas, ao seu ver não são feitas. O progressista encerrou cobrando novamente a revitalização das praças centrais.

O vereador Roberto Donizetti Cardoso (DEM), questionou porque da Prefeitura não realizar o teste de Covid-19 quando a pessoa chega pela primeira vez para ser atendida nas tendas ao lado do Pronto Atendimento Municipal (PAM). Um conhecido dele, foi nesta segunda-feira porque sentiu sintomas da doença e o teste foi marcado para o dia 16. O paciente até brincou com o funcionário que voltaria, se estivesse vivo.

Já o vereador Geraldo José Prado (Coelho – PSD), defendeu as ações realizadas pela Secretaria de Saúde e o Município. Respondeu que em momento algum faltou vontade ou algo para atender as pessoas. Diz ser uma situação difícil e que cobrar e responsabilizar os gestores é muito fácil, mas não queria estar na pele deles. A única solução segundo Coelho é a vacina. Não concorda com fechar a cidade e muito menos o comércio, enquanto a população está fazendo festas. Na visão dele, a culpa é do povo. “É hora de ficarmos quietinhos e não atacar quem está trabalhando, pois ‘bater’ é muito fácil. Se eu não posso ajudar, eu fico quieto e não atrapalho”, justificou Coelho.

Sérgio Eugênio Silva (Cidadania), afirmou que as pessoas que morreram não tem ligação com os setores que estão sendo prejudicados, fechados pelo Governo de Minas Gerais. Na avaliação de Sérgio, o problema está em grandes indústrias, nas filas dos bancos e casas lotéricas e nas aglomerações caseiras, onde não conseguem ‘mexer’. Ele diz que não conforma que salões de beleza e academias, sejam mais uma vez responsabilizados pelo número de casos de Covid. Sobre as ações municipais recentemente adotadas, Sérgio não concorda com o fechamento da Avenida e aponta que falta entrosamento dos setores de Posturas e Sanitário.

O vice presidente da Câmara, vereador Antônio Carlos de Lima (Antônio do Lázaro – PSD) comentou sobre uma declaração que ouviu ao passar em frente a uma igreja evangélica e ficou chocado. Antônio diz ter ouvido de um pastor durante uma pregação, que aquele fiel que desse uma maior oferta para a igreja estaria conquistando um lugar melhor no céu. Ele justificou que é por causa de pessoas assim que o mundo está desta forma.

Quatros projetos e poucas discussões

A pauta de votação foi formada por quatro projetos, todos do Poder Executivo. Eles foram aprovados por unanimidade e com pouquíssimas manifestações. O primeiro projeto, 082, abre crédito adicional especial, no valor de R$36.191,11 com o fim de comprar material de consumo para o Centro de Especialidades Odontológicas. O ítem 085, destinando R$100 mil do Orçamento da Secretaria de Educação, para adquirir kits de merenda para distribuição aos alunos em aulas remotas, em decorrência da pandemia do Covid-19. Paulinho apenas comentou que famílias do bairro Morada Nova que estão sendo beneficiadas, disseram para ele, que os itens da cesta diminuíram pela metade, o que ele não entende já que podem usados recursos da Educação e da Assistência Social.

O projeto 086 suplementa o Orçamento da Secretaria de Saúde em R$471 mil visando a manutenção de despesas com folha de pagamento de diversos setores da pasta e a outra alteração é empenhando R$51.800,00 para manter as despesas diversas das secretarias municipais de Saúde, Cultura, Lazer e Turismo e Desenvolvimento Econômico.

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