Os professores da rede estadual de ensino realizaram em Três Pontas e Belo Horizonte, manifestação pacífica para demonstrar a indignação da categoria, quanto a posição do Governo do Estado. Em Três Pontas, estudantes compareceram na Praça Cônego Victor onde os profissionais se concentraram e saíram para uma passeata pelo Centro.

Na Capital, a partir das 7:00 da manhã, professores de todo o Estado, realizaram uma vigília na Cidade Administrativa. Enquanto isto, a direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) se reuniram com membros da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão e Educação para debater sobre o cumprimento do Piso, defender o emprego e o direito a uma educação pública de qualidade social para todos e todas. Dez professores de Três Pontas foram a Belo Horizonte participar da mobilização.

Professores que foram a BH participar da mobilização
Professores em Três Pontas receberam apoio dos alunos e fizeram passeata pelo Centro

A greve desencadeada em todo o Estado completa 24 dias. Durante todo o ano de 2019, a categoria afirma que tenta dialogar e estabelecer uma negociação, de fato, mas não houve nenhuma proposta de pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional. Pelo contrário, eles enfrentaram o desemprego estrutural, assédio moral por meio do Diário Escolar Digital, a não quitação do 13º, salários parcelados, fusão de turmas e o direito a educação negado, a partir de políticas como o sistema de pré-matrículas online. A categoria ainda reivindica a sanção da Emenda 2/2020 ao Projeto de Lei 1.451/2020, que garante isonomia salarial a todo funcionalismo.

No encontro, o governo não apresentou nenhuma proposta quanto ao pagamento do piso salarial e prometeu pagar o 13º até o fim de março, para os professores que ainda não receberam.

No pátio da Assembleia Legislativa, os professores decidiram pela continuidade da greve por tempo indeterminado. Durante a atividade, foi aprovado o calendário de lutas do próximo período e atualizado o percentual de adesão. Entre escolas paradas totalmente ou parcialmente, o número chega a 69%. A coordenação-geral do Sind-UTE/MG destacou que o crescimento demonstra uma resposta efetiva da categoria diante da falta de propostas do governador Romeu Zema (NOVO) de cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional, e do sucateamento da educação pública que tem promovido desde o início da gestão. Em Três Pontas, seis das setes escolas estaduais estão sem aulas.

Dia 17, termina o prazo para que o governador, sancione ou não o projeto, com ou sem emenda.

Isís Medeiros/Sind-UTE/MG