Imagens: Arquivo EP

 

A Comissão da Mulher Advogada (CMA) da 55ª subseção da OAB/MG de Três Pontas, enaltece e agradece os trabalhos realizados pela Polícia Civil, principalmente aqueles voltados para a defesa da mulher vítima de violência doméstica.

Em nota, a presidente da Comissão Dra. Eliana Braga desta que os recentes episódios de estupros sofridos por três mulheres em Três Pontas, mostraram com que agilidade os policiais civis atuaram nos casos, com investigações precisas, diligências elucidativas e extremo profissionalismo. A agilidade da equipe de policiais foi fundamental para retirar da sociedade um abusador em série, visto que o mesmo aliciava as vítimas pela internet e que além dessas, uma média de 30 mulheres já figuravam na lista de ataques futuros do abusador. Trabalho de excelência e determinação, profissionais atuando de forma rigorosa e enérgica nas investigações, que trouxe bons resultados ao enfrentamento aos crimes contra a dignidade sexual.

Na visão da advogada, os atos praticados pelo abusador não atingem apenas as vítimas, mas representam um ataque a todas as mulheres de nosso país, que cessam com a prisão do mesmo, evitando assim futuras tentativas de todo tipo de abusos. “Neste contexto, nós mulheres e profissionais que lutamos pela eliminação da violência de gênero e para que os Direitos Humanos sejam uma realidade, contamos sempre com o trabalho impecável de nossos parceiros da Polícia Civil de Minas Gerais. Reconhecemos a eficácia de um atendimento humanizado, imparcial e profissional, o que dá à vitima uma maior segurança e estabilidade emocional, levando a mesma a ter condições e vontade de denunciar todo e qualquer abuso sofrido”, diz a nota.

Neste momento em que o mundo noticia, estarrecido, crimes bárbaros contra a mulher, é preciso que as Instituições reafirmem e façam valer as leis e direitos já consagrados internamente, a exemplo da Lei Maria da Penha, considerada uma das três melhores leis do mundo pela ONU, que assegura o direito a uma vida livre de violência e o direito a resposta simples e rápida pelo Estado à violação de seus direitos.

Na opinião da lider da Comissão, é preciso atuar para prevenir não só o estupro e a cultura do estupro, mas todas as formas de violência contra a mulher, desnaturalizando papéis estereotipados de posse, submissão, desigualdade e inferioridade, que perpetuam práticas violentas contra meninas, jovens e mulheres adultas a todo o momento e por todos os lugares, por isso o sucesso dessa parceria.

“No sentido de prevenção, desenvolvemos juntos com uma rede de parceiros, diversos projetos voltados a não incidência e ao combate a violência contra a mulher. O Brasil é o 5º país do mundo em índices de feminicídios e 527.000 mulheres são estupradas por ano e apenas 10% dos casos são levados ao conhecimento da polícia, restando aos demais a impunidade. Por isso a denuncia de violência contra a mulher é de extrema importância, para que cada caso possa ser elucidado e não somente uma estatística”.

Há notícias de estupros nos lares, ruas, universidades, ambientes de trabalho, além de estupros corretivos e de bárbaros estupros coletivos, o que é combatido e repudiado veementemente por todos que integram instituições que defendem os Direitos Humanos.
Quando da ocorrência de casos de violência contra a mulher configura-se ocasião propícia para a união de esforços que visem modificar a cultura do estupro e criar mecanismos para evitar a reincidência de casos.

Além da resposta penal, o momento reclama transformação e sensibilização da sociedade para que nos crimes de estupro somente o crime seja julgado, não a vítima.
Há que se buscar sempre uma maior interação entre a polícia civil e a sociedade, de modo a possibilitar a participação dos cidadãos sobre a consolidação da democracia.
A parceria entre as instituições com foco nos atendimentos as vitimas, é muito importante, pois auxilia nas garantias dos direitos e visa um bem estar para aquelas que necessitam dos serviços. Sendo que estabelecer uma rede de proteção eleva o leque de atendimentos nas duas esferas.

O resultado de envolver o incremento da confiança da população em relação a polícia e a atuação direcionada dos profissionais na sociedade, elevam a garantia de sucesso nos planejamentos e ações.

Parceiros não precisam ter as mesmas habilidades, precisam ter empatia e respeito, pois a grandeza de cada profissão deve contribuir para o crescimento pessoal e de seus parceiros, possibilitando um trabalho bem feito e honesto junto a população.

A nota encerra destacando os valorosos e distintos policiais civis de Três Pontas. “Nossa gratidão pelo desempenho brilhante de suas atividades funcionais às quais somam de maneira notável a nossa Comissão da Mulher Advogada da 55ª subseção de Três Pontas”.

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