Foto: Arquivo EP

 

A Comissão da Mulher Advogada (CMA) da 55ª Subseção da OAB de Três Pontas, divulgou nota de repúdio esta semana, com extremo pesar em relação aos casos de estupros registrados na cidade.

Na visão da Comissão, os atos praticados não atingem apenas as vítimas mas representam um ataque a todas as mulheres do país que lutam pela eliminação da violência de gênero e para que os direitos humanos sejam uma realidade. No dia 29 de março, um rapaz de 29 anos foi preso, acusado de estuprar três jovens, entre 17 e 27 anos no começo do ano. As vítimas foram atraídas em conversas pelas redes sociais, através de perfis falsos. De acordo com as investigações realizadas pela Polícia Civil, as vítimas iam ao encontro do suposto amigo. Elas eram recebidas pelo suposto irmão, que prometia levá-las até o pretendente, mas em determinado momento, quando eles já estava em local ermo, o rapaz se revelava e cometia o abuso sexual.

A Polícia Civil agiu rápido e em duas semanas de investigações, desvendou o caso e conseguiu na justiça, um mandado de prisão preventiva contra o rapaz, que morava no bairro Cidade Jardim.

A nota assinada pela presidente da Comissão Eliana Braga e o presidente da Subseção Juliano Vitor de Brito, destaca que é preciso atuar para prevenir não só o estupro e a cultura do estupro, mas todas as formas de violência contra a mulher, desnaturalizando papéis estereotipados de posse, submissão, desigualdade e inferioridade, que perpetuam práticas violentas contra meninas, jovens e mulheres adultas a todo o tempo.

“Este momento de dor e consternação afigura-se também ocasião propícia para a união de esforços que visem modificar a cultura do estupro, criar mecanismos para evitar a divulgação de imagens íntimas em redes sociais ou outros meios, bem como obstar a revitimização das mulheres por parte de autoridades ou da sociedade. Além da resposta penal, o momento reclama transformação, capacitação de profissionais e sensibilização da sociedade para que nos crimes de estupro somente o crime seja julgado, não a vítima”, diz a nota.

A Comissão também destacou a importância das vítimas denunciarem, qualquer tipo de crime e nunca se calarem, comunicando às autoridades através do 180 ou 190.

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