Seleção brasileira merecidamente campeã da Copa América 2019. (FOTO:Bruna Prado/Getty Images)

Por Loui Jordan

A seleção Brasileira conquistou o título da Copa América. Em jogo disputado na tarde deste domingo (07) no Maracanã, o time de Tite e companhia, bateu a corajosa seleção do Peru. O Brasil conquistou seu nono título na competição, segue atrás de Argentina e Uruguai, mas mostrou o futebol mais eficaz e melhor nessa edição. O troféu entregue ao capitão Daniel Alves foi mais do que merecido, em termos de desempenho a seleção seguirá sendo criticada, mas a conquista dá um certo “respiro” para a seleção canarinho até 2022. A defesa do Brasil foi disparada a melhor do torneio, aliás, Daniel que é defensor, ficou com o prêmio de melhor jogador do torneio e Alisson foi o melhor goleiro. A Copa América volta ano que vem e será disputada na Argentina e na Colômbia.

O jogo                                                                          

O Brasil venceu por 3 a 1, mas o placar foi construído com explicações que não devem ser desprezadas. A seleção peruana começou pressionando o Brasil, subiu suas linhas de marcação, principalmente nos primeiros 10 minutos. Depois do Brasil começou a ter mais espaço na transição defesa e meio-campo isso ficou claro, já o ataque tinha mais complicações, afinal de contas as linhas dos peruanos estavam bem ajustadas. Contudo, o gol de Everton “Cebolinha” foi aos 14 minutos.

O jogo foi ganhando outros ingredientes, ficou um pouco ríspido em determinados momentos, mas sem grande violência. Foi um jogo onde o Peru tinha dificuldades não só na saída de bola, mas no que fazer com a ela no campo ofensivo. O atacante Guerreiro empatou aos 43 do primeiro tempo, em uma cobrança de pênalti bem discutível. Tudo caminhava para um empate até o intervalo, porém, Gabriel Jesus fez o gol importantíssimo no apagar das luzes da primeira etapa e devolveu ao Brasil a vantagem. A jogada de Arthur fez o quê muito se espera dele que era avançar quando o espaço permitisse.

O segundo tempo foi bem mais complicado. A seleção peruana voltou melhor, agressiva pois precisava do empate. O Brasil em nenhum momento se sentiu extremamente pressionado, claro que sofreu um pouquinho, mas ameaçado não. Ao longo da segunda etapa, algumas alterações importantes a fim de deixar o time mais ofensivo por parte de Gareca, aconteceram. Importante ressaltar que ao longo dos últimos 45 minutos, Gabriel Jesus que fez um bom jogo, foi expulso de forma injusta e claro, o Peru tentou empurrar a seleção treinada de Tite, mas não fez Alisson trabalhar.

O resumo de ações após o intervalo, ficou por conta do maior controle de bola dos peruanos e a eficiência defensiva dos brasileiros. O Peru não teve o domínio no sentido de criar chances, mas sim de ser o dominante na etapa complementar. Após alguns cruzamentos na área, a seleção peruana tentava controlar os avanços de Cebolinha e do Brasil com um todo. Acabou que no final, o árbitro deu um pênalti também discutível no mesmo Cebolinha. Richarlison cobrou e fez o definitivo 3 a 1. No final venceu a melhor equipe, o time mais preparado, com melhor comportamento, com uma capacidade técnica superior e um time mais ajustado, time esse que jogava em casa e jogou com mais ímpeto, mereceu o Brasil. A seleção Brasileira que não fez mais que sua obrigação, jogou a Copa América em casa e só enfrentou um adversário de “camisa” que é a Argentina. Tem méritos? Claro que sim, mas não foi um teste, a não ser a ausência de Neymar.

O torneio e o futuro da seleção

O torneio tecnicamente foi fraco, bem limitado com poucas seleções jogando bem, principalmente a Colômbia na primeira fase, Uruguai com um sistema de jogo muito interessante e evidentemente que a seleção treinada por Ricardo Gareca evoluiu durante o torneio, assim como a seleção Brasileira. Durante a competição tivemos ingressos caros, público na primeira fase pouco presente nos estádios, enfim, um torneio mediano se comparado aos grandes torneios europeus, obviamente que é um torneio sul-americano que tem sua importância, mas não foi a melhor Copa América que poderíamos ter no Brasil.

É o primeiro título de Tite no comando da seleção, não se sabe se ele vai continuar ou não, o que é sabido é que parte da comissão técnica irá embora. Tite tem total respaldo da CBF para continuar um trabalho, ainda mais com o título que é obrigação do Brasil, a taça da Copa América assegurou ainda mais o treinador no cargo. Ser mantido faz com que ele tenha mais tempo para respirar e para montar um time mais jovem para a próxima Copa do mundo. A temporada que vem teremos Copa América na Argentina e na Colômbia, mas o Brasil segue bem em seu continente, mas precisa crescer diante de adversários do primeiro escalão, voltar a ter grandes atuações contra europeus em Copas do mundo, principalmente vencê-los e claro, fazer alguns amistosos com equipes melhores, é o esperado, fora a transição para um time mais jovem visando 2022.