Foram concluídas no fim da tarde desta quarta-feira (08), as buscas pelos primos que desapareceram no Lago de Furnas, na zona rural de Três Pontas. Apesar de todos os esforços ao longo destes 25 dias, desde o afogamento, os garotos de 11 e 17 anos, não foram encontrados.

O último dia de trabalho o Corpo de Bombeiros de Varginha, também teve o apoio da Polícia Militar do Meio Ambiente, mas foi prejudicado pela chuva que caiu durante toda a tarde. O resgate contou com a utilização dois aparelhos sonares, capazes de enxergar os corpos na água. As equipes partiram do Distrito do Pontalete em direção a região da “Prainha”, onde eles teriam se afogado, usando os sonares eliminaram quaisquer
suspeitas de que os corpos estejam em algum local sensível ao aparelho. Nos pontos indicados pelo equipamento foi feito uma varredura mais detalhada a fim de verificar se poderiam ser o indício dos corpos das vítimas, mas nada foi encontrado.

De acordo com o Capitão João Paulo Pessoa Veloso de Almeida, que comandou a equipe nesta quarta-feira, os mergulhos foram prejudicados pela chuva, que provoca uma forte correnteza, além da água turva, o que deixa as buscas às cegas. Ainda segundo ele, os corpos podem estar presos em aguapés.

Apesar de interromper as buscas, segundo o bombeiro, se houver um forte indício da localização pontual das vítimas eles podem retomar o trabalho. Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, a decisão tomada pelo fim das buscas, foi levando em consideração o tempo do acidente e o pedido da própria família das vítimas.

Como já havia sido anunciado, nesta quinta-feira (09), uma celebração será realizada no local as 15:00 horas, pelo padre Roberto Donizetti de Carvalho onde eles estavam pescando com a família na “Prainha”. Em caso de chuva a missa está cancelada.

Voluntários disseram que vão permanecer no local fazendo as buscas.

O acidente

Fotos: Divulgação rede social

João Pietro Amaral de 11 anos estava pescando com a família, quando escorregou de um barranco e caiu na água. O primo dele, Henrique Daniel Fialho de 17 foi tentar ajudar, também caiu e os dois desapareceram. Eles conheciam o local.

Ao longo destes 25 dias, moradores da cidade e região se solidarizaram e se uniram em oração, com o drama que familiares vivem a espera de que eles sejam encontrados. Os parentes dos desaparecidos improvisaram uma tenda com comida e água e fizeram vigília ao lado do rio, desde o dia 15 de dezembro, inclusive no Natal e Ano Novo.

Foram feitas varreduras e buscas minuciosas no Rio Verde, em uma área de aproximadamente 30 quilômetros, até a cidade de Fama (MG). Foram feitas técnicas de mergulhos, utilizando barcos, jets skis, o helicóptero Arcanjo que cobriu uma área maior inclusive em remansos (onde o rio faz curva e forma uma espécie de piscina) e a cadela farejadora “Candy” do Canil dos Bombeiros. Aguapés que ficavam embaixo da antiga ponte, que ligava o distrito aos municípios de Paraguaçu e Elói Mendes foram retirados da água. Uma máquina foi colocada na balsa e o serviço foi realizado por pescadores e voluntários que moram na região.

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