Foto: Amanda Antunes/Itatiaia

 

Após os corpos dos 26 criminosos mortos durante confronto em uma operação em Varginha, a Polícia Civil em Belo Horizonte começou o trabalho de identificação das vítimas e já tem a identidade de três deles. .

As equipes coletaram as amostras de DNA em todos os corpos, que serão inseridas no banco nacional de perfis genéticos. A partir disso, poderá ser apontada a eventual participação deles em outros crimes.

Até o momento, foram identificados os corpos de Nunes Azevedo Nascimento, de 33 anos, natural de Novo Aripuana (Amazonas), Gerônimo da Souza Silva, 28 anos, de Porto Velho (Rondônia) e Gleisson Fernando da Silva Moraes, 36 anos, Uberaba (Minas Gerais).

A operação foi realizada entre a Polícia Militar (PM) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com participação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Os que foram identificados já tem passagem pela polícia, inclusive, por assalto”, afirmou o tenente-coronel Marcos Serpa de Oliveira, comandante do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM).

Os mortos são suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha conhecida como “novo cangaço” tem integrantes em vários estados brasileiros. A Equipe Positiva apurou que a maioria é do Triângulo Mineiro, das cidades de Uberlândia (MG) e Uberaba (MG). Além destas localidades já divulgadas oficialmente, os integrantes da quadrilha são de: Varginha, Belo Horizonte (MG), Ibirité na região metropolitana de BH, Muriaé (Zona da Mata), Montes Claros no norte de Minas, Santos (SP), Maranhão (MA), Goiás (GO), Amazonas (AM) e Brasília (DF). O varginhense morto na operação era um caseiro, que sabia da ação e seria responsável por enterrar e desenterrar os explosivos que seriam usados pela quadrilha. Uma das armas foi inclusive encontrada na casa dele. “Esse caseiro não estava ali na condição de inocente ou fazendo um trabalho específico no sítio, mas ele sabia da situação e participava, essas são as informações iniciais que serão por óbvio confirmada pela Polícia Federal e Polícia Civil”, disse a capitão e porta voz da Polícia Militar, Layla Brunnela.

Segundo o comandante do Bope, tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes, pelo planejamento utilizado, número de veículos utilizados e a quantidade de pessoas envolvidas, a polícia trabalha com a grande suspeita que sejam os mesmos criminosos que tenham operado em Uberaba (MG), Criciúma (SC) e Araçatuba (SP).

Ninguém foi preso na ação e segundo as autoridades de segurança, os suspeitos chegaram a ser socorridos com vida e morreram após receberem atendimento médico.

Operação contra o “novo cangaço”

A quadrilha se preparava para atacar um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil em Varginha, quando surpreendidos ainda de manhã com a chegada das polícias. Os quadrilheiros haviam se divido em dois grupos e alugado dois sítios na zona rural, em pontos estratégicos e distantes um do outro – um na comunidade da Flora que fica na MGC 491 na saída para Três Corações, perto do Batalhão da corporação e o outro na MG 167, a três quilômetros de Varginha, na saída para Três Pontas.

As abordagens foram simultâneas. Na primeira, os suspeitos atacaram as equipes da PRF e da PM, sendo que 18 deles morreram no local. Na outra, também após confronto o restante do bando morreu.

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