Fotos: Equipe Positiva

 

A Polícia Civil segue investigando o caso da mulher de 23 anos, que é acusada de atirar o próprio filho, recém nascido, em um córrego no Centro de Três Pontas. Os investigadores tem 10 dias para concluir o inquérito, depois que efetuou a prisão da mãe, que estava fugindo para São Paulo (SP). Ela foi presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Bragança Paulista (SP) e ouvida na sede da PRF em Pouso Alegre.

A acusada já tem advogado, que já tomou conhecimento da documentação que motivou a decretação de sua prisão, por parte do Poder Judiciário, através de um mandado de prisão. De acordo com o advogado Francisco de Paula Vitor Braga Filho, “em que pese se tratar de fato que chocou a muitos, os elementos técnicos constantes do processo, em especial o auto de necrópsia, já deixa evidente que a indiciada não praticou os fatos tal qual asseverado por muitos, vez que nenhuma lesão física foi encontrada no corpo da pequena e inocente vítima. O estado puerperal pela qual se encontrava a indiciada, conforme estudos médicos, dará a resposta ao ato praticado o qual, vale repetir, não ocorreu tal qual amplamente divulgado”. A defesa técnica afirma ainda que “aguarda o desfecho da investigação para demonstrar que não houve a ação violenta que tenha ceifado a vida do recém-nascido”, diz nota enviada à Equipe Positiva.

O parto da mulher que escondeu a gravidez da família, aconteceu na quinta-feira da semana passada. Ela ganhou o bebê no banheiro de casa, embaixo do chuveiro. Segundo a Polícia Civil, em depoimento ela disse que a criança nasceu viva e ela o colocou em cima da cama. Ela mesmo cortou o cordão umbilical. Depois, ela pegou um saco plástico e o colocou dentro, foi até a rua e jogou em frente a sua casa, na Avenida Oswaldo Cruz, próximo do terminal rodoviário. O corpo foi encontrado no domingo, por volta de 9:00 horas da manhã, boiando na Avenida Zé Lagoa. O resgate foi feito pelo sargento Edward Naves, que estava de folga e recebeu uma ligação anônima em seu telefone celular. Ele mesmo entrou no córrego e resgatou o corpo. O corpo foi periciado e foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Varginha. O menino foi sepultado no início da tarde de domingo.

A suspeita é que a causa da morte seja por asfixia, conforme apontou o laudo da necrópsia. O bebê pesava um quilo e 700 gramas, deve ter nascido entre o 7º e 9º mês de gestação.

Outras diligências devem ser realizadas e novas pessoas devem ser ouvidas, inclusive o pai da criança. Ela manteve um relacionamento conturbado com ele.

A mulher foi levada para o Presídio de Santa Rita do Sapucaí, que é porta de entrada para mulheres na regional de Pouso Alegre. A acusada deve responder por infanticídio, ou por homicídio com ocultação de cadáver.

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