Grupo dos 15 alunos que se classificaram para a próxima fase da Olimpíada Internacional de Matemática sem fronteiras. (FOTO: Arquivo pessoal)

Loui Jordan

Um dos destinos da escola, seja ela qual for, é o aprendizado e aprimoramento dos seus alunos enquanto cidadãos de bem. Um grupo de 15 alunos da Escola Estadual Monsenhor João Batista da Silveira em Três Pontas, se classificou para a segunda fase da Olimpíada Internacional de Matemática sem Fronteiras. Isto posto, a já citada fase ocorrerá na Tailândia, os alunos, pais e demais envolvidos se dedicam para tentar o continente asiático como destino. As doações e contribuições devem ser feitas até o final deste mês, afinal de contas, o evento que acontecerá entre os dias 16 e 20 de agosto, deverá ser pago o seu custeio até o dia 1º de agosto.

Matemática sem Fronteiras

A competição existe desde 1989, muitos países participam, entre eles o Brasil. Estimular a imaginação, ofertar o exercício da racionalização, são tarefas desta prova, ela é aplicada para alunos dos últimos anos do ensino fundamental I e II, e claro, o ensino médio. Na escola Monsenhor, foram escolhidos 15 alunos de cada ano do ensino fundamental, do 6º, 7º, 8º e 9º ano. A escolha foi baseada em critérios pré-estabelecidos e que levam em consideração o desempenho deles avaliado pela professora Tamires Maria Brito Silva.

De acordo com os resultados, a escola de Três Pontas teve três medalhas em âmbito estadual, sendo elas de ouro, prata e bronze, e em âmbito nacional, prata e bronze. A equipe que mais se destacou foi a do 8º ano que acabou conquistando a prata na fase nacional, consequentemente convidada e respaldada a participar da próxima fase, cujo o caminho é até a Tailândia.

Em relação a prova e a performance, as alunas Júlia de Oliveira Silva e Milena Barros, falaram um pouco sobre isso. Para Júlia, quando a pergunta é relacionada ao desempenho, ela se mostra surpresa, e aí Júlia, você esperava esse resultado? “Não. Não esperava isso não, foi uma surpresa, foi uma prova muito difícil de fazer, aí estudando, estudando, tentando, que a gente conseguiu chegar nas respostas, mas foi difícil”.

Já Milena, reforça a oportunidade de conquistar mais coisas. Segundo ela, tanto a viagem, quanto a boa realização da prova, estão sendo analisados positivamente, “a gente espera que dê certo, conhecer outro país também é bom, fazer a prova e ver se a gente consegue alguma coisa e é uma experiência muito difícil de acontecer, uma oportunidade”, finaliza Milena. Os estudantes sabem que o feito é de se aplaudir, mas não querem e nem pretendem pararem por aqui.

Vale pontuar que foram 15 alunos, estudantes das salas 81, 82 e 83, todos do 8º ano. A prova que eles fizeram foi coletiva, ou seja, os 15 juntos e todas as questões abertas, no caso, 24 questões abertas. Se eles conseguirem o dinheiro suficiente para a viagem e o pagamento da taxa para a realização da próxima prova, a metodologia será diferente, serão provas em inglês e individuais. É bom lembrar que a escola deve levar ao menos três alunos para a próxima fase, caso queira continuar a competir.

Ajuda e doação

Uma das questões complicadas em todo esse processo que envolve viagem e prova, é o montante financeiro disso. Para embarcar de vez na fase internacional, cada integrante deverá ter em mãos R$10 mil, isso pelos seguintes motivos: taxa de inscrição para a prova que está em torno de R$ 3,6 mil e também o custeio de deslocamento, hotelaria e alimentação, a passagem para essa viagem custa R$6 mil.

São por essas questões que a doação é sempre bem-vinda, seja a quantidade que for, o que importa é a intenção em ajudar. Para a diretora da Escola Estadual Monsenhor João Batista da Silveira, Rosiane Aparecida Domingues Brito, a escola tem papel central na organização.“Nós fizemos o vídeo para divulgação, a Prefeitura também está nos apoiando e  ajudando bastante na divulgação do vídeo, no pedido das doações, e está entrando em contato com empresas parceiras do Município para pedir ajuda. Foi aberta uma conta em nome de uma comissão de pais, então o envolvimento da escola é mesmo na organização, os pais é que estão se movimentando para arrecadar o dinheiro”, diz Rosiane.

O apoio de empresas e comerciantes, é útil nesses momentos. Acreditamos no potencial de nossos alunos que chegaram a pleitear isso. Os alunos, os pais, a escola, precisam juntar o máximo de arrecadações possíveis. Por isto, o trabalho nas redes sociais, nas ruas, na mídia, tem sido árduo e qualquer valor é aceito de bom grado”, finaliza.

Uma escola de conquistas

Mais um ponto de destaque, o colégio. É sempre bom repetir para não esquecer que a Escola Estadual Monsenhor João Batista da Silveira, constantemente vem construindo uma cultura de boas produções em vários campos da educação e da arte. A notoriedade se deve as matérias de matemática e língua portuguesa. O “Monsenhor” foi muito bem representado no Festival Canto Aberto, onde a aluna Stephanny Silva Oliveira, com o conto “Raça e conquista”, venceu em sua categoria.

Já na matemática não precisa dizer muito, mesmo assim Rosiane realça a atuação da escola e de seus alunos. “A escola tem se destacado bastante em vários setores. Ano passado participou daquele DNA, Desafio Nacional Acadêmico, teve uma boa classificação também e no Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (PROEB) da escola. Ele é uma avaliação externa feita pelo governo estadual, que envia provas. Os alunos do 9º ano fizeram no ano passado e tiveram uma classificação excelente. A nota da Escola está acima da média do Estado de Minas Gerais e foi classificada como a melhor escola de Três Pontas. Ela também está acima da média da SuperintendênciaRegional de Ensino (SRE) e do Estado de Minas. Em relação a Olimpíada Brasileira de Matemática, teve medalha de prata no ano passado e este ano também: medalhas de ouro, prata e bronze.

Todo este destaque tem nome e sobrenome, trabalho em conjunto. Ter uma equipe que saiba a “linguagem” dos alunos e a intimidade com o corpo docente, facilita. O trabalho em equipe muito bem feito, surte mais resultados”, conclui a satisfeita diretora. Toda a dedicação e qualidade, tem feito que professores e alunos aprendam o bê-á-bá da vida, e formando melhores cidadãos para um futuro extremamente promissor e sem fronteiras.

Confira a lista dos 15 alunos que coletivamente conquistaram o convite a próxima fase:

SALA 82

Milena Barros da Silva – 13 anos

Beatriz Naves Tana – 13 anos

Jéssica Dias de Souza – 13 anos

Mariana Naves Tana – 13 anos

Júlia Miranda Ferreira – 13 anos

Jônatas Marcelino Rodrigues – 13 anos

Marco Túlio Teixeira Cougo – 13 anos

Diogo Vaz de Melo Souza – 13 anos

João Paulo de Jesus Lopes – 14 anos

Rafaela Matos Silva – 13 anos

SALA 83

Isadora Alexandre Miranda – 13 anos

Miguel Arcanjo da Silva Lima – 13 anos

SALA 81

Julia Oliveira Silva – 14 anos

Pedro Oliveira Cardoso – 14 anos

Aline Pereira Martins – 13 anos