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Na próxima terça-feira, 16 bairros vão iniciar a primeira etapa da coleta seletiva que faz parte das exigências do Município para manter o aterro controlado sem os materiais recicláveis. Neste dia, apenas o lixo convencional não será recolhido

O dia 15 de abril, chamado de Dia D, marcou o início da implantação da Coleta Seletiva SolidáriaDSC05248-001 em Três Pontas, com a mobilização de estudantes em passeata e a inauguração do novo galpão da Associação Trespontana de Catadores de Materiais Recicláveis (Atremar) que agora está mais moderno e equipado para receber os resíduos que serão recolhidos inicialmente em alguns bairros da cidade.

Marcado para as 8 da manhã a passeata que concentrou profissionais da Atremar, agentes da Dengue, jovens e adolescentes do Núcleo de Atendimento a Criança e ao Adolescente, Conselho da Juventude, Fanfarra da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves Djalma Tiso, a secretária de Administração e Meio Ambiente Evânia Rocha Moreno e servidores da Secretaria de Meio Ambiente, começou com quase uma hora e meia de atraso. A vereadora Valéria Evangelista de Oliveira (PPS), foi a única autoridade do Legislativo presente.

Meninos e meninas das escolas Professora Maria Augusta, João de Abreu Salgado, Cônego Victor, Nilda Rabelo e Antonieta Ferracioli Duarte, fizeram barulho, empunharam faixas e carregaram materiais recicláveis chamando a atenção dos populares. Na Praça Cônego Victor, eles se reuniram em frente a porta principal da Matriz Nossa Senhora D’Ajuda, onde assistiram apresentações artísticas do grupo de teatro Mobiliza Sim do Instituto Nenuca de Desenvolvimento Sustentável (INSEA).

A educadora social Renata Siviero Martins conta que o INSEA está trabalhando a implantação da coleta seletiva e a organização dos catadores em parceria com as prefeituras em 23 municípios no Sul de Minas. Em todo o Estado, são mais de 100 cidades além de uma extensão no Espírito Santo e Manaus.

Representando o prefeito Paulo Luis Rabello (PPS), que estava em viagem oficial, a secretária de Meio Ambiente Evânia Rocha Moreno pediu que a população abrace a causa da coleta seletiva solidária e desejou que ela comece com sucesso.

Já o representante do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis Antônio Aparecido Almeida que há 25 anos é catador, lembra que começou a recolher o que é reaproveitável aos 12 anos de idade em São Paulo e condena quem acha que eles são catadores de lixo. “Recolhemos um material que gera renda às famílias, por isto as pessoas devem excluir isto de seus vocabulários”, afirmou Antônio. Ele continuou parabenizando o apoio que o Município está oferecendo aos catadores, os organizando em associação.

O Conselho da Juventude por exemplo, visitou moradores dos bairros Cidade Jardim ao São José, segundo a presidente Maisa Patrícia Veloso que informou que os jovens falaram da importância da contribuição dada a cidade e ao meio ambiente.

Os catadores vão para iniciar o recolhimento a partir do próximo dia 22 (terça-feira), mas já faz algumas semanas que a campanha de conscientização da população ganhou as ruas, através dos agentes da Dengue, associações de bairros, os jovens do Conselho Municipal da Juventude (CONJUVE), além de escolas, igrejas e outras instituições que apóiam o projeto buscando conscientizar a população para separar o lixo doméstico do reciclável. A partir desta data, os moradores dos bairros – Santa Edwirges, Santa Inês, Santa Margarida, Meia Pataca, Padre Victor, Vila Romana, São José, Século, Santa Marta, Cidade Jardim, Peret, Eucaliptos, Bela Vista, Jardim Greenville, São Francisco e Vila Marília, devem ficar atentos, pois apenas o caminhão dos recicláveis é que vai passar as terças-feiras, com sonorização, tocando o Hino do Catador. A implantação desse novo sistema virá por setores, para corrigir possíveis imprevistos que possam acontece durante essa nova fase e assim, quando se estender para o restante da cidade as equipes já estarão preparadas.

O recolhimento visa recolher os materiais recicláveis e encaminhar para o destino correto, auxiliando assim na vida útil do aterro que recebeu a licença de sanitário, tendo que diminui a quantidade de materiais, além de ser ambientalmente correto. A Chefe da Divisão de Meio Ambiente Maria Helena Aparecida Ribeiro lembra é importante os catadores se unir na Atremar, garantindo melhores condições de trabalho e renda. O projeto faz a venda diretamente às empresas de recolhimento, evitando os atravessadores, fazendo com que consigam arrecadar mais e consequentemente aumentar os rendimentos destes trabalhadores. A partir de agora, não será mais permitido recolher recicláveis no Aterro.

A tarde as autoridades já compareceram a inauguração do novo galpão da Atremar, construído para armazenar e separar os materiais. O prédio tem 1,2 mil metros quadrados e demandou R$700 mil. Além disso, um caminhão, prensa e balança foram disponibilizados para a nova estrutura através da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e são específicos para melhoria das condições dos 12 catadores associados.

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Apesar do presidente da Câmara Sérgio Eugênio Silva (PPS) estar presente, a secretária da Mesa Diretora Alessandra Vitar Sudério Penha foi quem falou representando o Poder Legislativo. Ela parabenizou o Executivo por estar de braços abertos a esta causa e demonstrou a alegria em poder realizar os sonhos.

A secretária de Administração e Meio Ambiente Evânia Rocha Moreno disse que assegurar melhores condições aos catadores de materiais recicláveis da Atremar, estimulá-los de forma permanente e segura, foi compromisso do prefeito Paulo Luis Rabello. “Há que se ressaltar quando falamos de gestão ambiental da conquista do Município de Três Pontas, sendo o 7º município da região a conseguir a licença de operação do Aterro Sanitário de acordo com as normas exigidas por lei após um grande período sem funcionamento. Hoje com a conquista realizada e o gerenciamento compartilhado do aterro com o SAAE e Prefeitura Municipal, ultrapassamos mais essa etapa que está atrelada a coleta seletiva”, enfatizou.

A Atremar passou de 61.354 quilos de material coletado em 2012, para 135.298 quilos em 2013, passando o faturamento da associação de R$18.967,15 para R$57.545,17, deixando de ser uma instituição meramente social e passando a ser uma empresa geradora de lucro para seus associados.

O último a discursar foi o vice prefeito Érik dos Reis Roberto, que destacou que um governo se faz com propostas e realizações, mas a realização se faz com competência, marca segundo ele do governo Paulo Luis. Ele calculou que os números dobraram, demonstrando além de gestão, competência, porém, é preciso lembrar dados que passaram despercebidos. É a prefeitura que pagava água, luz e aluguel para a Atremar na antiga sede. A Câmara aprovou recentemente uma subvenção de R$23 mil, quase R$2 mil por mês, com ele a associação terá sua independência para fazer mais, sem ter a necessidade de pedir ‘benção’ para ninguém.

“A gente tem que trabalhar para que as nossas propostas se tornem realidade. Fico feliz de poder inaugurar esta obra, que só está sendo entregue porque tivemos competência de terminá-la. Quando se governa com competência se gera credibilidade, por isto é que se tem pessoas parceiras”, concluiu Érik.

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