Autoridades, cafeicultores e lideranças ligadas ao setor cafeeiro, abriram oficialmente na manhã desta quarta-feira (08), na Fazenda Experimental da Epamig, a 19ª edição da Expocafé 2016. Ela apresenta novidades em maquinário, insumos e também tecnologias, recomendadas pela pesquisa, para diferentes etapas processo produtivo, desde a escolha da cultivar ideal, até os processos pós colheita para a obtenção da bebida de qualidade. Nesta edição, são 155 empresas em 204 estantes, ocupando 12 mil metros quadrados. Apesar do tempo chuvoso e contratempos com a organização, são esperados superar R$200 milhões em negócios e receber 20 mil pessoas.

07Solenidade de abertura

Na tenda principal onde são realizados mini cursos, autoridades políticas e cafeicultores conheceram a tecnologia “Clonagem de café arábica por meio de estaquia”. Quem fez uma breve apresentação foi o estudante de agronomia da Ufla Leonardo Luiz Oliveira.

Nos pronunciamentos, estiveram presentes a defesa ao agronegócio e a importância da cafeicultura para a economia. Para muitos dos que ocuparam a mesa, o café evitou que a crise fosse ainda mais acentuada nos municípios que tem uma forte dependência na produção do produto. Outro foco tomado nos discursos foi a questão da infraestrutura e as dificuldades de se promover um evento deste porte.

A Expocafé ganhou o apoio da Caixa para o evento deste. A instituição financeira aumentou os seus recursos às linhas de crédito rural destinadas ao agronegócio. De acordo com o gerente regional em exercício da Caixa Econômica Federal Cláudio Antônio de Faria Santos, foram R$7,2 bilhões disponibilizados em todo o Brasil.

O presidente da Cocatrel Francisco Miranda de Figueiredo Filho contou que sua história com a Expocafé e a cooperativa que ele preside se confundem. Foi na primeira edição realizada que ele chegava a presidência. Trespontano nato, lembrou do orgulho foi ter sido o Município que mais produzia café no mundo. Hoje Três Pontas só perde para Patrocínio e Monte Carmelo. Francisco Miranda também ressaltou o problema da chuva que provocou muita lama na Fazenda em 2012 que sujou e trouxe problemas para muita gente, e que se repete novamente este ano. Quando a Cocatrel realizou por dois anos a Expocafé, uma medida foi corrigir as deformações no terreno e jogar as águas da chuva na represa. Isto traz benefícios até hoje. Não fosse isto, na opinião dele, a situação seria bem pior. O líder cooperativista pediu ao presidente da Epamig Ruy da Silva Verneque que a feira continue em Três Pontas, pois ela é fundamental para a cidade.

O prefeito de Três Pontas Paulo Luis Rabello (PPS), foi mais além. Antes de abrir seu discurso, também fez um pedido – que a marca seja privatizada e que não tenha riscos de deixar o município que ele governa. Em seguida, ressaltou a importância de um importante e essencial elemento da cultura do café: o homem do campo. Mesmo em momentos que se celebra a tecnologia, os bons números na economia, os apanhadores afirma o prefeito, continuam a ter importante função nas lavouras, mesmo com todo o aparato tecnológico que é ofertado.

O professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla) Luiz Gonzaga de Castro Júnior respondeu que a patente pertence a universidade, mas isto nunca foi problema, desde que seguido os trâmites legais, já que o órgão é uma instituição federal e uma tentativa foi feita à Epamig. Foi a Ufla que criou e geriu junto a importantes parceiros, como a Cocatrel e a Prefeitura, a feira durante muitos anos. Sobre as dificuldades enfrentadas pela organização, Gonzaga aponta que no setor público tudo é mais complicado e depende de licitação.

O presidente da Epamig Rui da Silva Verneque concluiu o assunto sobre o destino da feira. Para ele não há porque temer pelo futuro da feira em Três Pontas. “A gente nunca pensou em tirar a Expocafé daqui. O que é preciso é cria um modelo de gestão mais apropriado, apesar da crise e da chuva” enfatizou Ruy Verneque.

O secretário de Agricultura destacou a importância do café para a economia mineira e nacional
O secretário de Agricultura destacou a importância do café para a economia mineira e nacional

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais João Cruz Reis Filho, também reafirmou que nunca se falou em tirar a Expocafé de Três Pontas. Na visão dele, o encontro da tecnologia com o produtor já fincou raízes e a 20ª edição já está garantida por aqui. Ele concluiu destacando a importância do produto café para o agronegócio, o Estado e a economia. João Cruz informou que o governador Fernando Pimentel irá dar suporte necessário em um pilar importante para Minas Gerais e o Brasil.

Ocuparam ainda lugar a mesa, o deputado estadual Mário Henrique Silva, o presidente da Emater-MG Glênio Martins Mariano, o Chefe Geral da Embrapa Café, Gabriel Ferreira Bartholo, a Rainha da Expocafé 2016 Ana Luíza Rodrigues, entre outros.

A Expocafé segue até a próxima sexta-feira (10). O horário de funcionamento é de 8 da manhã as 18 horas. A Fazenda Experimental da Epamig fica na MG 167 entre Três Pontas e Santana da Vargem.

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