O médico cardiologista Dr. Luiz Roberto Laurindo Dias, que perdeu a eleição municipal em 2012 para o atual prefeito Paulo Luis, fez durante o período eleitoral campanha para o seu padrinho político, o deputado federal Diego Andrade. Durante uma entrevista exclusiva dada à Equipe Positiva,  afirmou que os votos dados pelos trespontanos ao sobrinho do ex-senador e empresário Clésio Andrade é o resultado do trabalho  do deputado e de toda uma equipe, culminou em uma grande votação, que manteve Diego majoritário na cidade, ampliando o seu número de votos, de aproximadamente 15 mil votos em 2010, para 16.430 no processo político do início do mês. Dr. Luiz Roberto apoiou na esfera estadual um deputado já com mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Sávio Souza Cruz possui cinco mandatos.

Porque não apoiou o candidato da terra, Mário Caixa, Dr. Luiz afirma que nunca foi procurado por ele e que quando terminou a Eleição municipal, o deputado disse que não o conhecia. Mesmo assim, torce pelo seu mandato, para que junto com Diego Andrade possam fazer por Três Pontas.

Equipe Positiva) Dr. Luiz Roberto, qual a análise o senhor faz das Eleições e o que espera dos eleitos?

Dr. Luiz) As pessoas demonstraram que querem aquele deputado como se fosse da cidade, da sua residência. O deputado estadual, como o Caixa, que teve esta grande quantidade de votos, igual o Diego Andrade, são pessoas que estão sempre na cidade. As pessoas demonstraram que não querem mais aqueles que vem aqui só na época de Eleição e vão embora. Esta é a realidade. Se algum deputado quer se aproximar da cidade tem que se prometer. Foi por isto que Caixa e Diego Andrade obtiveram esta votação. Votos não se transferem, a não ser para aquelas pessoas que estão sempre presente.

O senhor trabalhou diretamente na campanha de Diego Andrade e o candidato a deputado estadual Sávio Souza Cruz. Qual a sua opinião da votação que ambos tiveram em Três Pontas?

A votação do Diego Andrade a gente já esperava, porque ele está sempre presente na cidade, visitando Hospital, nas indústrias. O Sávio que está no seu sexto mandato veio conversar com o pessoal do PMDB. Ele bateu um papo conosco, falou que se fosse necessário nos ajudaria, presente em Belo Horizonte. Ele é uma pessoa muito inteligente. Começamos a trabalhar o nome dele, mas a quantidade de votos que ele teve não o fez gastar dinheiro. Nós pedimos votos, mas quando a pessoa dizia que votaria no Caixa, morria a conversa. O Sávio teve um voto de confiança do povo trespontano. As pessoas me perguntam, porque o senhor não apoiou o Caixa. Isto porque ele não veio conversar comigo. Quando o prefeito [Paulo Luis] ganhou a Eleição, ele [Caixa] disse que não me conhecia. Ele mesmo colocou uma certa distância. Eu o conheço porque tratei da mãe dele há muito tempo, a irmã dele que trabalhava no banco era minha paciente, a irmã dele que é professora também se tratou comigo. Então eu o conhecia. Mas como ele tinha que escolher de que lado iria ficar, porque acho que o político uma hora tem que pegar todas as lideranças para fazer o bem comum, que é o bem social. O bem social não é o meu e sim do povo. Sempre falo na minha casa que amanhã eu posso sair daqui, pegar minha maleta, meu aparelho de pressão e meu estrestocópio, mas eu me sinto bem em Três Pontas. Para sair daqui é muito difícil, nunca. A cidade me comportou muito bem, meu deu esta liberdade de estar aqui e lutar por ela. E o Caixa falou que não faz para o prefeito, faz para a sociedade. Isto é muito especial. Nós precisamos de ajuda, assim como as cidades da região.

Porque não foram todos os membros do PMDB que apoiaram Diego Andrade na sua reeleição?

Ficou em aberto e cada um membro do PMDB poderia apoiar quem quisesse. O partido a nível estadual liberou quem quisesse apoiar Diego Andrade, Cada um apoiou aquele que achava que deveria apoiar. Ninguém foi obrigado a trabalhar para determinado parlamentar.

Durante a campanha, o senhor fez caminhadas nos bairros, assim como nas Eleições municipal. O que o senhor constatou ao visitar as famílias.

Assusta-nos uma coisa. A cidade precisa de empregos e isto nos preocupa muito. Todas as vezes que eu batia na porta das pessoas elas me reclamavam da falta de emprego. Não está fácil conseguir emprego. Os administradores da cidade precisam olhar com carinho para a industrialização, evitando que as pessoas que estão se formando, tenham que sair daqui. Mas é preciso oferecer capacitação também.

Dr Luis 2

 

Mais, a maior dificuldade seria então na Saúde?

As pessoas reclamaram muito da questão da saúde que é uma questão nacional, mas precisamos ouvir o que as pessoas falam. São situações que precisamos nos unir para ver o que é melhor para o bem comum. E é preciso ter a participação política do povo. A gente assentar com determinadas lideranças de bairros é fundamental para saber aonde mexer. Aonde pode se buscar e colocar recursos, que são realmente poucos. Administrar sozinho é muito complicado, porque a responsabilidade é do administrador e do povo. Eles são nada mais do que sócios do Município. Vamos tentar melhorar, agora que temos um deputado estadual e federal de Três Pontas, tentando diminuir estas arestas que a cidade sofre a cada dia.

O que o senhor espera dos deputados majoritários e de todos aqueles que tiveram votos em Três Pontas?

A maioria daqueles que tiveram votos aqui, vão sumir. Vocês sabem disso, que eles só aparecem nesta época. Basta a gente ver que mais de 400 candidatos tiveram votos em Três Pontas. Nunca vi tanto deputado aqui fora de campanha e, não podemos tapar o sol com a peneira. Sei que tem gente que me criticou com relação a isto, porque falei algumas coisas, mas é uma realidade. É preciso trabalhar com aqueles que estão no Município, que vem aqui e que nos ajudam.

O senhor começa agora a pensar na sucessão municipal?

Não. Tem gente que pensa mais do que eu. Estou tranquilo e não estou nesta afobação de que sou candidato. Precisamos sentar com o partido que eu pertenço, conversar com as lideranças, achar o que o partido pensa. Porque de repente o partido não quer que eu seja o candidato. É preciso ter a humildade de aceitar o que as pessoas pensam e falam. É claro que o partido quer o melhor para ele. Olha o que está acontecendo a nível nacional. Todo mundo esperava a Marina no segundo turno e foi o Aécio Neves. As coisas não são feitas a toque de caixa. É preciso pensar e tomar cuidado no que se fala.

De qualquer forma o senhor sai fortalecido destas Eleições, para 2016?

Eu acho que nós que trabalhamos para os candidatos, todos nós saímos fortalecidos. Não é o Dr. Luiz Roberto, não existe um nome que saiu forte e sim, todo um grupo, uma equipe de pessoas junto comigo. Existe uma equipe no PMDB, no PSD e por ai vai. As vezes amanhã pode vir uma equipe de um outro partido que a gente não esperava. A gente precisa de equipe, pessoas técnicas, com a intenção de fazer por Três Pontas.

Considerações finais

Eu só gostaria de agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram, que entenderam a nossa mensagem, de porta em porta, nas ruas, no comércio e nas indústrias que nos deram esta votação grande ao deputado federal Diego Andrade. Mas é claro que eu parabenizo o deputado estadual Caixa e a família dele que lutou muito por ele. Foi muito bonito de ser a união da família lutando por ele, que teve uma representatividade em Minas Gerais invejável por muitos deputados.

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