Um golpe envolvendo nomes da Prefeitura de Juiz de Fora e da Câmara Municipal terminou com saldo negativo de R$ 31 mil para empresários do Sul de Minas Gerais. Quem amarga o prejuízo são dois homens, de 40 e 48 anos, da cidade de Três Pontas.

Na tarde desta segunda-feira (23), eles procuraram a Polícia Militar após perceberem que foram vítimas dos estelionatários. Segundo consta do Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), por telefone, um homem teria se identificado como funcionário da Prefeitura, informando que estaria responsável por intermediar a venda de um lote de botijões de gás, apreendidos em uma ação do Executivo.

A carga era de 413 botijões, e a unidade sairia por cerca de R$ 75. A vítima mais nova se interessou pela proposta e logo fez contato com outro empresário propondo-lhe sociedade no negócio. Diante da afirmativa da compra, o suposto servidor municipal marcou um encontro com os empresários na Rua Halfeld, onde se reuniram nesta tarde, por volta das 13h30. Durante o encontro, o homem estava acompanhado de outro rapaz, que portava uma guia para pagamento. Ele também teria se identificado como funcionário da PJF.

Após a conversa, o grupo teria se deslocado para o interior do prédio da Câmara Municipal, para que fosse realizado o pagamento no valor de R$ 31 mil em dinheiro vivo. Essa, inclusive, seria uma exigência para a liberação da mercadoria. Com a justificativa de conferir o valor, o golpista alegou precisar seguir até outro andar. As vítimas permaneceram no térreo. O suspeito, no entanto, não retornou ao local.

Minutos depois, o empresário entrou em contato com o homem, ouvindo ao fundo latidos de cachorro. Só então ele teria percebido que havia sido vítima de golpistas. A PM foi acionada e obteve imagens das câmeras de segurança da Câmara, que teriam flagrado a transação entre vítimas e suspeitos.

Até por volta das 21h, nenhum suspeito havia sido identificado ou preso. Ainda segundo o documento policial, funcionários da Casa afirmaram que nenhum tipo de negociação semelhante é realizada no local.

Em nota, a Câmara Municipal de Juiz de Fora informou que está ajudando nas investigações e já disponibilizou as imagens do circuito interno de segurança para as autoridades competentes.

Já a Prefeitura informou que o comércio e estoque de gás liquefeito é regulamentado pelo Corpo de Bombeiros, e não pela PJF. Por esta razão, o suposto material não teria sido apreendido por qualquer servidor do Executivo municipal. (Fonte: Tribuna de Minas)