O Grande Expediente da sessão ordinária da Câmara Municipal de Três Pontas desta segunda-feira (04), foi ocupado por dois vereadores – Érik dos Reis Roberto (PSDB) e Geraldo José Prado (PSL). Desta vez não foi ataque e contra ataque, mas dois discursos em sintonia.

Érik Professor falou da preocupação da Administração em perseguir e coagir as pessoas ao invés de trabalhar, como tentaram com ele, ao defender os menos favorecidos e citou a Equipe Positiva ameaçada a ser processada por causa de uma entrevista do ex-prefeito Paulo Luis Rabello. Em um tempo não muito distante, o ameaçaram entre linhas se referindo ao emprego da sua esposa no Hospital.

Depois de tentarem montar um processo contra ele e ser negado pela justiça, segundo Érik, entraram com uma Ação Civil Pública. “Será se não tem mais nada para fazer”, esbravejou na Tribuna. Ele questionou o que foi feito nesta Administração além de praças. Na dos Municípios que foi reformada, segundo o ex secretário de Educação, colocaram três balanços que não dá para serem utilizados porque um bate no outro. Os gastos com horas de funcionários e máquinas não são computados. Entre 2013/2016 foram construídas pelo menos cinco praças e instaladas 8 academias ao ar livre e pouquíssimas inauguradas. O erro foi não fazer marketing e não ter uma rádio na mão, que não aceitou durante os quatro anos que se falasse o nome da Prefeitura e nem publicidades que vinham dela. Entrevistados eram proibidos de citar qualquer coisa relacionado a Administração, sendo que a emissora tem é uma concessão pública, que serve apenas o grupo político que perpetua no poder em Três Pontas.

O mesmo advogado que se comparou a uma Ferrari e chamou os demais profissionais de “Fusquinha”, é o mesmo que recebeu R$70 mil, para fazer um projeto às professoras no fim do mandato da ex prefeita Luciana Mendonça e tentaram votar na correria.

Defendendo o Poder Legislativo, o vereador Érik afirmou que se o órgão não cumprir seu papel ele se torna um anexo do Executivo. Em seguida, não poupou o gestor. “Todo mundo manda, menos o mandatário, este não é governo é sim desgoverno. Estamos fechando os primeiros oito meses de Administração e sente em informar que não vislumbra nada que foi feito”. No mesmo período, quando Paulo Luis e ele administravam a cidade, conseguiram a duras penas pagar quase R$8 milhões de dívidas quitadas, incluindo salário de dezembro atrasado, 13º salário, IPREV e fornecedores. “E a turma que está ai administrando é a mesma que deixou a Prefeitura nesta situação em 2012”, frisou.

Érik arrancou risos de pessoas que assistam a reunião ao falar em estilo carioca, que os “encargados” precisam mesmo curtir e compartilhar as notícias do Executivo nas redes sociais, defendendo não ideologia e sim o dinheiro que entra no bolso. Concluiu dizendo claramente que ganharam a Eleição, e agora não sabem o que fazer com a cidade na mão.

O vereador Coelho comungou com o colega. E quem achava que era só isto se enganou. Da base do Executivo, se entristece que vereador não pode mais cobrar, já que foi cumprir seu papel e acabou sendo apunhalado pelas costas pelo seu próprio grupo político, prefeito e secretários que tanto defendeu nestes oito meses. Ele reclamou que determinado secretário determinou ou incentivou a manifestação feita por membras do efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) na semana passada, dando as costas todas as vezes que ele se pronunciava e empunhando cartazes. A situação chegou a um ponto que fugiu do controle, quando quis apenas saber das denúncias que recebeu.

“Mas me deixaram sozinho. Secretários que aqui defendi, pensando que estávamos vivendo novos tempos, me enganei. Três Pontas tem um governo que não governa, que permite que utilizem de pessoas para atacar e processar vereadores até da base. Tentaram me derrubar, mas eu sou forte, não cai e não vão me calar. O prefeito poderia ter evitado tudo isto”, opinou Coelho.

Sem também citar nomes, o vereador revelou que gente que hoje ocupa cargo de secretário tiveram que ficar escondido durante a campanha eleitoral, porque caso contrário perderia a eleição. Aos colegas pediu que eles não sejam omissos e reféns destes secretários, que pensam que mandam. Ao dizer que integra um grupo político perigoso, além de dizer que nele é um querendo dar o bote no outro, eles não tem mais seu respeito e praticamente anunciou que está deixando a base do governo na Câmara.