Por Loui Jordan

Não é apenas o planeta Terra que sofre com problemas de falta de limpeza, o espaço também possui seus “probleminhas”. O lixo espacial ou detrito espacial, são objetos que se encontram em órbita ao redor da Terra, tratam-se de pedaços de satélites desativados, de foguetes, instrumentos de astronautas e por aí vai. Com o intuito de “dar uma geral” nesses empecilhos, uma missão espacial do Japão irá tentar recolher esses objetos através de uma tecnologia que tem como suporte, recolher esses lixos com ímã. Contudo, basta explicar uma pergunta: quais as consequências do lixo espacial?

Antes de responder esse questionamento, vamos à missão. Essa tecnologia que será usada, foi criada pela empresa Astroscale, empresa essa privada com sede no Japão. O nome da tal tecnologia é ELSA-d, que ficará seis meses operando sua função, aliás, contará com dois satélites que já foram lançados no domingo passado (21), sendo bem sucinto, um com o propósito de captar o lixo e outro de armazená-lo através do encaixe magnético, digamos assim.

Dito isso, vamos ao que interessa. As consequências do lixo espacial são graves e pode-se dizer que remotas dependendo do caso. A NASA divulgou um documento onde os números não falam por si só, embora estima-se que existam 9 mil toneladas de lixo que orbitam o planeta, eles estão fragmentados em milhões de pedações, como o próprio documento diz, “mais de 500 mil do tamanho de uma bola de gude”, “mais de 100 milhões do tamanho de um grão de sal”, e por aí vai. Esses números fazem referência aos detritos, essas quantidades são suficientes para furar um traje espacial e até mesmo ocasionar danos as espaçonaves, como bem salientou o site Tilt, do Uol.

Postos esses perigos, as colisões desses objetos a outros, tendem a ser mais fortes, devido ao impacto, afinal de contas, esses detritos vagam em alta velocidade. Por mais que uma queda desse lixo tivesse pouco efeito caso acontecesse, o perigo está na tecnologia utilizada aqui na Terra com o “aval” dos satélites, por exemplo, se ocorrer de apenas dois satélites desativados se chocarem, o estrago pode ser considerável, já que provavelmente isso irá interferir no funcionamento de serviço de telefones móveis, transmissão de emissoras de televisão e até mesmo GPS, isso é só um exemplo.

Várias soluções já foram propostas, inclusive tentar destruir esses detritos com laser, ou então afastá-los pelo menos, alterar seu trajeto, coisas desse tipo. Muitos estudos foram e são feitos, a preocupação com o meio ambiente e com o espaço é cada vez maior, a Missão Japonesa tem a exata pretensão de trazer esses detritos armazenados para a Terra e queima-los junto com os próprios satélites que serão responsáveis por trazê-los. A eficiência desse plano só será comprovada daqui alguns meses, mas trata-se de uma boa ideia que visa a limpeza e podemos dizer, “higiene” do espaço.

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