*Ano é de safra baixa, dentro da bienalidade que vem diminuindo

Estimativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) é de que Três Pontas 626 mil sacas de café, 31 sacas por hectare, dos 18 mil que estão em produção, em 2020. Os dados são frutos de levantamento junto as cooperativas, agrônomos da região e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o engenheiro agrônomo da Emater Marcelo Tardioli, é muito café, se calcularmos que o Sul de Minas tem previsão de colher 18 milhões de sacas. Campos Gerais tem números bem parecidos com Três Pontas, que tem área de plantio e hectares praticamente iguais.

E olha que ainda é ano de safra baixa, de acordo com a bienalidade – em uma safra, o cafeeiro tem uma produtividade alta e na próxima a produção apresenta queda. Esta diferença de bienalidade tem diminuído ao longo dos anos com a adoação do esqueletamento safra zero. A recomendação é que quem conseguir, uma delas é trabalhar com 50% da lavoura esqueletada e 50% em produção – com uma produção alta em metade da lavoura, o que otimiza a mão de obra e maquinário.

Faz muito tempo que este acumulado de chuva não cai no mês de janeiro. Até na última semana, eram praticamente 200 milímetros, um pouco acima da média dos últimos anos, mas não atípica, o que é importante e favorável para a planta do café, principalmente neste momento que é fase de enchimento de grãos e a subida de nutrientes.

“Esta chuva faz o transporte de nutrientes do solo para as plantas, então aquele produtor que conseguiu já fazer as adubações e pulverizações, é excelente o clima do jeito que está”, frisou o agrônomo. A maioria dos produtores neste momento está fazendo a segunda, das três adubações que são indicadas. É preciso então, fazer a análise de folha, para redimensionar a terceira abudação, acrescentando ou modificando alguma coisa dentro do que já foi receitado lá na frente quando a gente fez a análise de solo, para verificar o que realmente aconteceu com a planta, se as duas adubações foram eficazes e provocou o equilibro capaz de continuar o ciclo e começar a entrar no período próximo, que vai ser a colheita dos grãos.

Com as chuvas é preciso que os produtores fiquem atentos neste período com a proliferação de fungos, que costuma ser muito grande, principalmente a ferrugem e broca. É necessário que se faça o MIP (Manejo Integrado de Pragas e Doenças) para analisar qual é a quantidade de infestação para que o agrônomo tentar encontrar com algum tratamento.

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