O Carnaval de Três Pontas realizado pela Prefeitura foi cancelado, seguindo orientações do Ministério Público (MP). O anúncio foi feito pelo prefeito Dr. Luiz Roberto na quarta-feira (31) e pegou muita gente de surpresa. A Polícia Militar já havia se preparado com reforço em seu efetivo vindo de Varginha e Lavras, para garantir a segurança com o policiamento na Avenida Oswaldo Cruz, no Distrito do Pontalete e para aqueles que não gostam da festa e aproveitam os dias de Momo para descansar. Com o cancelamento, haverá um outro tipo ou modalidade de policiamento implantada no Município. A notícia pegou muita gente de surpresa, inclusive os blocos caricatos. Muitos deles com baterias e fantasias estavam em fase final dos ensaios para desfilar pelo Sambódromo Jaime Abreu, conforme programação que já estava definida.

Alguns dos blocos pretendem se organizar e de alguma forma não deixar a folia passar em branco, porém, é preciso se ater na regulamentação dos eventos e a uma série de legislações que precisam ser atendidas.

O Comandante da Polícia Militar de Três Pontas Capitão Bruno Neves Tavares (foto), entende que houve planejamento e investimento por parte dos blocos e que eles pretendem fazer manifestações nos seus bairros de origem. Todos podem receber o apoio da Polícia Militar, mas recomenda muita atenção às exigências que começa com autorização do poder público, alvarás específicos em caso de sonorização e na manipulação e venda de alimentos. O local também precisa ser analisado, com questões de vizinhança, segurança em defesa da integridade física de quem esteja presente ou morando ao redor do evento carnavalesco. O tempo é o pior inimigo para atender todas as demandas necessárias. “Nós orientamos a todos a procurarem os órgãos como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Prefeitura, Vigilância Sanitária, para que tudo seja legalizado”, acrescenta. De forma alguma, as pessoas podem fechar ruas ou avenidas. Em caso de problema, quem estiver a frente do evento será responsabilizado por qualquer problema que acontecer.

Capitão Bruno lembra exemplos de pequenos eventos que não respeitaram as exigências, como o Carnaval em Bandeira do Sul, que acabou vitimando 16 pessoas e se transformou em uma tragédia de repercussão nacional.