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O crescimento do crime de estelionato vem preocupando as autoridades policiais de Três Pontas e do Estado 

 

Dados apontam que o aumento de casos nos últimos anos ajudou a consolidar o estelionato como o crime mais comum em Minas Gerais, superando até mesmo os roubos. Em Três Pontas, por exemplo, levantamento realizado pela Equipe Positiva, mostra que de janeiro até o fim do mês de maio, foram registrados nas polícias 7 casos de roubos (15,56%) e 38 de estelionato (84,44%).

Em números do Estado, em 2022, a tendência de aumento se manteve com quase 333 crimes de estelionato registrados por dia em Minas Gerais (39.736 ocorrências entre janeiro e abril).

A Polícia Civil de Três Pontas já está acostumada a conviver com o estelionato no município e nestes últimos dois anos, sobretudo no pós pandemia, houve um aumento vertiginoso de casos. Em outubro de 2020, a Equipe Positiva já havia alertado que os estelionatários estavam criando novas modalidades, se modernizando e com um enorme poder de convencimento, que realmente levam as pessoas ao erro e muitas vezes se tornam vítimas sem perceberem. Na época, noticiávamos que somente em 8 casos registrados em setembro, somente pela Polícia Civil, criminosos causaram prejuízo de mais de R$158 mil. Ainda assim, muitas pessoas estão perdendo dinheiro.

Apesar de todas as dificuldades que a Delegacia enfrenta, a equipe está imbuída em solucionar o maior número de casos, mas existem as limitações e não se consegue apurar 100% dos crimes, mas sim uma parte delas, pois a demanda de trabalho é muito grande em Três Pontas. Além do estelionato, que muitas das vezes exige contato e trabalho conjunto com delegacias de outros estados do Brasil, há outras demandas que a sociedade cobra uma resposta. É o caso de tráfico de drogas, furtos, roubos, homicídios, latrocínio, organização criminosa, crimes tributários, lavagem de dinheiro, receptação, entre outros.

De acordo com o delegado Dr. Gustavo Gomes, oficialmente, o estelionato ultrapassou todos os outros crimes patrimoniais em termos de registros. Por isso, ele chama a atenção da população, porque a maior forma de combater é ter informação, pois melhor que apurar o crime é evitá-lo. A principal orientação a ser dada em qualquer modalidade é ter calma e respirar, sendo o golpe de forma cibernética ou não. “Se desconfiar que alguma coisa não bate, não clique em links em seu celular, não dê informações e procure manter a tranquilidade”, afirma o delegado. Com isso é possível evitar mais de 80% dos crimes.

O investigador Rodrigo Silva diz que atualmente os criminosos se passam desde empresas ofertando emprego com proposta vantajosas, a familiar das vítimas e até por autoridade policial, como delegado, juiz e até promotor de justiça. O trabalho incansável da Polícia Civil, já possibilitou o bloqueio de contas de alguns criminosos, com reais possibilidades de ressarcimento do capital “perdido”, contudo, a tarefa não é uma missão fácil, porquanto os criminosos possuem “laranjas”, as vantagens indevidas são creditadas em banco digitais, em contas de terceiros, ou seja, percorrer o caminho do dinheiro não é tarefa fácil, mas a Polícia Civil está empenhada para identificar os autores.

O investigador Rodrigo relata ainda que os trabalhos investigativos possibilitaram medidas cautelares de busca e apreensão em diversas Unidades da Federação, como por exemplo Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Paraíba e Rio de Janeiro, cuja finalidade é identificar o responsáveis por aplicar os golpes aplicados no meio cibernético. Veja abaixo, um resumo feito pelo investigador, dos principais casos registrados em Três Pontas nos últimos meses.

Exemplos de golpes aplicados no município

Falso delegado do Rio Grande do Sul

A vítima conhece uma pessoa em uma rede social, geralmente uma moça, de boa aparência. Esta pessoa começa a conversar numa troca de mensagens e as conversas vão avançando. Em dado momento, a “moça”, solicita o whastapp da vítima e a pessoa, acreditando estar falando com uma pessoa solteira, maior de idade, eles passam a conversar pelo whastapp. A partir dali, eles começam a ter uma intimidade e em pouco tempo passam a trocarem fotos. A dor de cabeça começa poucas horas depois disso.

Na segunda parte do golpe, um número de telefone, geralmente do Rio Grande do Sul, entra em contato com a vítima, com uma foto no zap, com um delegado do Rio Grande do Sul, e esse começa a constranger a vítima a efetuar pagamentos. Ele alega que a mulher é menor de idade, que a família da menor está na Delegacia no Rio Grande do Sul e que se a vítima não fizer o pagamento ele vai ser processado e até ser preso. Ou seja, a partir do momento que o falso delegado faz contato, usando o uniforme da polícia, a vítima se desespera e acaba enviando dinheiro, através de Pix ou faz depósitos indevidos. Geralmente pedem R$5 mil, R$10 mil, R$15 mil. Já aconteceu em Três Pontas da pessoa enviar o valor de R$30 mil e perder tudo.

“As pessoas precisam entender que delegado ou qualquer policial não pode solicitar dinheiro ou qualquer outra vantagem indevida, ainda mais para não ser preso. É vedado a qualquer autoridade policial pedir dinheiro ou fazer proposta de arquivar o inquérito mediante pagamento, ou fazer a composição civil dos danos em sede policial, isso não existe”, alerta Rodrigo. Já aconteceu casos em que se passaram por promotores e também juízes. Se ficar em dúvidas, desligue o telefone, faça o bloqueio do número e vá até uma Delegacia de Polícia para maiores esclarecimentos dos fatos.

Falso intermediador

A pessoa coloca um carro para vender na OLX e faz uma publicação no site. O golpista copia os dados da venda e replica. Assim, surge um interessado na compra, este entra em contato com o golpista e é orientado a ver o veículo na casa de um parente, geralmente primo ou tio. O golpista, anteriormente já fez contato com o verdadeiro dono do veículo e afirma que ele receberá uma gratificação no preço, pois um conhecido (comprador de boa fé) irá ver o veículo, e, se gostar, o golpista fará o pagamento, ou seja, nessa modalidade de crime, o golpista coloca em erro o verdadeiro vendedor e o comprador, fazendo que o comprador realizasse o pagamento para o golpista, e não para o verdadeiro vendedor, o que é um erro.

Assim, a vítima vai até a casa do verdadeiro vendedor, olha o veículo, aceita o valor de venda e, ao invés de realizar o pagamento para o legítimo proprietário do veículo, faz um pagamento para um terceiro, inclusive por orientação do vendedor, que também está enganado. Já aconteceu casos em que o comprador perguntou para o vendedor, essa pessoa que vai receber o dinheiro e seu parente? E o vendedor responside, sim e meu primo, sem de fato, conhecer o golpista.

Percebam que o próprio vendedor adere ao intento criminoso do golpista, mesmo que seu consentimento esteja viciado pelo ardil provocado pelo estelionatário.

Outro ponto importante, quando a pessoa é orientada a ver o carro, o estelionatário alega que não é para comentar sobre o valor, pois ele pode lhe dar mais um desconto, pois tem uma conta a acertar com o suposto familiar. A pessoa no afã de ganhar um benefício a mais, acaba sendo enganada. Ele paga mas o dono do veículo que também está sendo enganado não recebe e o dinheiro vai para o estelionatário que faz duas vítimas – o dono do carro e o comprador.

Quando você vai fazer um negócio de compra e venda de veículo, o correto é mostrar o carro para o comprador, negociar direto, apresentar o documento e ir no Cartório fazer o reconhecimento da firma e depois efetuar o pagamento na hora e no CPF do vendedor. “Qual a necessidade de adquirir o bem e pagar a uma terceira pessoa que não conhece? Às vezes na intenção de ganhar um pouco mais com a venda do carro, todos irão perder e somente o delinquente terá vantagem”, justifica o investigador policial.

Outro detalhe é que o whatsapp não tem fé publica, tudo que é ouvido no aplicativo é acreditado e compartilhado por muitos usuários. O trabalho para rastrear e identificar o estelionatário neste caso também é imenso. Muitas vezes o dinheiro vai para contas no Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraíba, São Paulo.

Novo número

Tem acontecido muito a situação que o criminoso coloca a foto de um familiar no whatsapp e manda mensagem para um pai, mãe, irmão, dizendo que trocou de número e que eles devem conversar agora neste número. O familiar pede emprestado uma quantia de dinheiro pois está com problema no cartão ou no pix e que precisa fazer um pagamento naquele momento. E promete que assim que possível irá devolver o valor. Assim o familiar, na intenção de ajuda, acaba cedendo esse recursos aos deliquentes. “Em casos assim, faça um contato telefônico, confirme se o pedido é verídico, antes de fazer qualquer coisa. Se não conseguir contato com o familiar no número que você tem dele, se acalme e espere”, detalha Rodrigo Silva.

Falsas empresas aéreas

Até o nome de empresas aéreas estão sendo envolvidas para enganar pessoas. A vítima entra no site das milhas e começa a fazer a compra de passagens aéreas. Na hora do pagamento é feito um pix para um CPF, mas pagamentos desta natureza devem ser feitos para o CNPJ da empresa. É necessário que se certifique para que não haja um pagamento indevido. “Além disso, é preciso tomar cuidado com os descontos absurdos, descontos que estão fora da média, acrescenta.
Vagas de emprego

São enviadas mensagens ao celular das pessoas oferecendo vagas de emprego, e pedindo para que se entre no link apontado. Os últimos casos tem usado o nome do Mercado Livre, que está recrutamento pessoas para trabalharem meio período, oferecendo uma boa quantia em dinheiro. A pessoa é orientada a clicar em um link. Quando ela faz isso, os seus dados são acessados, assim podendo ter o whatsapp clonado e dados expostos. Segundo o investigador, de maneira alguma se deve acessar tais links.

Compras com cartão de crédito

Criminosos clonam e fraudam cartões e fazem os mais variados tipos de compras. Em Três Pontas uma empresa do setor de maquinário agrícola quase sofreu um prejuízo de mais de R$350 mil reais. As empresas precisam orientar seus colaboradores a desconfiarem de solicitações de compras que são feitas em vários CPF’s. Por sorte, a equipe da Policia Civil conseguiu ir ao estado de São Paulo e recuperar o equipamento. O caso gerou a Operação Chargeback, que demandou vários desdobramentos e a atuação da equipe da cidade junto com equipes especializadas de São Paulo em uma zona quente da criminalidade no estado paulista.

Por fim, a orientação que deve prevalecer é no sentido de orientar a população a agir com extrema cautela, cuidado, para não perder recursos financeiros, o que acaba por fomentar ainda mais este tipo de delito.

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