Dono do estabelecimento demitiu funcionário em seguida
A jovem Maria Vitória Batista Mazoti de 21 anos, agredida em uma boate na noite do último domingo (07), no Centro de Três Pontas quebrou o silêncio e falou da noite de terror que viveu.
Maria Vitoria foi ao Pronto Atendimento Municipal (PAM) realizar exame de corpo delito. Muito abalada com o acontecido recebe o carinho e atenção de seus familiares, que estão revoltados com o que aconteceu. O vídeo da agressão sofrida está circulando em redes sociais e o caso repercutiu em todo o Brasil.
Sem mostrar o rosto para não se expor mais ainda, visivelmente transtornada, Maria Vitória, contou que sempre vai a boate. Desta vez chegou sozinha e se encontrou com algumas amigas que sempre frequentam a casa. Ela estava assentada esperando que duas amigas pagassem a comanda. Foram as amigas que a chamaram dizendo que havia um homem chingando elas na fila, as acusando de ter cortado a fila. Quando Maria se dirigiu ao rapaz, e ele começou a gritar. Foi então que o segurança, de porte físico avantajado e forte apareceu.
O rapaz começou a gritar, o segurança apareceu e a situação que estava tranquila se descontrolou. O segurança passou a defendê-lo, dizendo que era ele quem estava certo. A jovem conta que esticou a mão, o segurança a empurrou e ela acertou um tapa nele. A partir daí, ele começou a sequência de agressões com socos e puxões de cabelo. Ela se lembra de pouca coisa, só ouvia as pessoas dizendo que era para ele soltá-la e parasse.
Quem a socorreu foram os próprios clientes que os separaram. Maria Vitória chorou e disse que nunca esperava viver uma situação dessas, ficar exposta desta maneira.
Ela conta que o segurança já havia sido grosso com ela e com outros freqüentadores da boate. O desejo dela é por justiça. Da agressão ficaram um ferimento na cabeça e uma dor no pescoço. Porém, o pior é a lembrança que dificilmente será esquecida.
Quando a Polícia Militar chegou no estabelecimento, os ânimos ainda estavam acalorados. O segurança de 27 anos, foi informado por conta desta situação que o boletim de ocorrências seria registrado na sede da Companhia de Polícia. Ele falou que iria guardar sua bicicleta e acompanharia os policiais. Porém, se apresentou um tempo depois onde recebeu voz de prisão. A ocorrência foi registrada. Ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) na própria PM e foi liberado em seguida. A Polícia Civil está investigando o caso.
Esta não é a primeira vez que o segurança é preso. Em maio de 2017, ele foi encontrado no bairro Santa Maria com 99 papelotes de cocaína escondidas no porta luvas e mais R$332 em dinheiro.
O suspeito ficou preso até novembro, quando foi solto. Em 2018, foi preso por mandado de condenação de tráfico, mas ganhou liberdade novamente cinco dias depois.
ESTABELECIMENTO REPUDIA AGRESSÕES
Em nota divulgada nas redes sociais, o proprietário do estabelecimento repudiou a atitude tomada pelo funcionário, que foi demitido, imediatamente após a confusão. “O fato ocorrido na noite do dia 07 de abril, não retrata a realidade da nossa Casa, onde o nosso principal objetivo é o entretenimento e a diversão. Informamos que o funcionário foi imediatamente desligado do nosso quadro, que a vítima foi contactada e nos colocamos à disposição para toda e qualquer situação derivada do fato. Esclarecemos a todos os nossos clientes e amigos que não compactuamos e repudiamos totalmente todo ato similar a este”.
VEJA A ENTREVISTA EXCLUSIVA E NA ÍNTEGRA DA JOVEM