A Escola de Samba Serrote está tentando mobilizar outras escolas de samba para que juntas retornem ao Carnaval trespontano em 2021. A vontade de retornar à Avenida do Samba, com toda a pompa e alegria é de Alessandro Abreu, filho do saudoso Jaime Abreu, um dos fundadores da Escola. O Serrote desfilou pelo Sambódromo que tem o nome do carnavalesco patriarca em 2010 e quer reviver tudo isto de novo 10 anos depois. Alessandro se encontrou na tarde deste sábado (29), no Clube da escola com o secretário de Cultura, Lazer e Turismo Alex Tiso e com Aparecida Tiso, integrante da Escola de Samba Estudantes do Samba.

Alessandro é categórico em dizer que as escolas não estão mortas e que o Carnaval de escolas de samba não acabou. O objetivo dele é voltar junto com o Estudante do Samba. O convite também foi feito à Escola de Samba Consciência Negra e ele tenta convencer que elas possam voltar a mobilizar as suas comunidades de origem e ganhar a cidade, como fez durante tantas décadas. “ Sozinho a gente não volta. Queremos voltar junto com os Estudantes”, esclareceu. A última vez que desfilaram juntas foi em 2006. Neste ano, a Consciência Negra homenageou Jaime Abreu e ele faleceu em outubro. Em 2012, apenas a Tradição e a Consciência Negra se apresentaram.

A intenção é agregar e nunca atrapalhar o movimento criado pelo CarnavalizaTP, que fez tanto sucesso e agradou a tanta gente em 2020. Ele oferece apoio e quer que juntas, as escolas que se interessarem façam eventos durante o ano inteiro para conseguir recursos financeiros. E não é tarefa fácil, já que, o Serrote por exemplo, precisa levantar cerca de R$25 mil só para comprar uma nova bateria. O orçamento para 2021 gira em torno de R$120 mil. Além da aquisição da bateria, 70% é destinado a pagamento de mão de obra, como costureiras, equipe do barracão, correógrafos, músicos profissionais, entre outros. Já 30% é vai para a compra de material.

Para retornar com tudo, o Carnaval do Serrote está orçado em R$120 mil. Na reunião, Alessandro Abreu fez a proposta para o Estudantes do Samba e Dona Aparecida Tiso vai falar com outros integrantes da escola.

Ele admite que não se pode depender de recursos da Prefeitura que são insuficientes para custear tantas despesas e ele entende que o próprio Município não tem condições para isto e é necessário buscar patrocínio e parceiros.

E como todo mundo está ainda com o Carnaval na cabeça, o objetivo é não deixar este clima mudar e mobilizar todos aqueles que eram envolvidos nas escolas de samba. Alex Tiso deu várias orientações, falou sobre a estrutura do Sambódromo para os desfiles e colocou a Secretaria de Cultura a disposição.

Caso não encontre escola para compartilhar a volta ano que vem, será realizado um trabalho para lançar um bloco de enredo, chamado de “Arrastão da Verde e Rosa”, cores predominantes do Serrote.

Outra reunião será agendada e o convite será estendido a mais pessoas.

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