Praça lotada na primeira noite do Festival Canto Aberto

 

O Festival Canto Aberto, receberá o Prêmio Cidades Inteligentes Edição Especial 2020. A premiação é uma iniciativa da Brasil Master, em parceria com as Associações Microrregionais dos Municípios e Consórcios Públicos Intermunicipais do Estado.

Dentre diversas iniciativas, originárias de todo o Estado de Minas Gerais, o Festival que ressurgiu em 2018 e está na sua 8ª edição em 2020, obteve destaque e será homenageado, em Belo Horizonte, dia 17 de março, durante a abertura do Cidades Inteligentes  – Congresso Mineiro de Empreendedorismo, Sustentabilidade e Modernização das Cidades.

O prefeito Marcelo Chaves Garcia receberá a estatueta dourada com a “Chama da Paz”, símbolo que representa o conhecimento. O Prêmio Cidades Inteligentes tem um significado especial nesta edição de 2020, ano de encerramento das Administrações 2017-2020. A honraria busca a ressignificação das cidades como ecossistemas humanos, valorizando o trabalho dos municípios frente aos desafios das conjunturas estadual, nacional e internacional.

O secretário de Cultura, Lazer e Turismo, Alex Tiso Chaves, explica que o Festival é um patrimônio cultural e hoje é um bem imaterial registrado. O prêmio na visão dele, é o reconhecimento à musicalidade dos trespontanos.

Canto Aberto já foi duas vezes rejeitado

A volta do Festival foi elaborado em 2009, quando o secretário da área era Mauro Marques. O projeto foi apresentado ao prefeito da época, que não se interessou em voltar com o Canto Aberto. “Acredito que ele imaginava que chava que não valia a pena. Eu sofri muito por isso, porque era o meu grande projeto quando entrei na Secretaria de Cultura”, revelou Mauro Marques. Sua gestão então, começou com ações consideradas por ele pequenas, uma delas foi introduzir no mesmo ano o Sarau na Casa da Cultura. Mas esta não foi a única vez que disseram “não” ao Festival Canto Aberto. Na gestão seguinte, ele reelaborou o projeto, mas a Administração da época achou que era irrelevante.

O regente da Orquestra Mauro Marques e o secretário de Cultura Alex Tiso

Com a ida de Alex Tiso para a Cultura e Mauro na regência da Orquestra, ajudando na direção do Conservatório Municipal, foi que tudo aconteceu. O projeto foi apresentado novamente e abraçado prontamente por Alex, que já conhecia as intenções do grande evento por terem trabalhado juntos e unido outras pessoas como a Tatiane, Pierre e agora o Wallace, assim também como toda equipe da Secretaria de Cultura. O prefeito Marcelo Chaves a exemplo de seu secretário, disse “sim” e aquele festival diferenciado como Maurinho desejava saiu do papel. Além de dar oportunidade aos músicos que vem de fora, na fase nacional, tem a fase local, que dá uma premiação especial para os músicos da cidade. Depois veio a ideia da Semana Canto Aberto que é feita nas escolas. Este é um formato de festival único, que tem funcionado porque envolve a cidade inteira, antes mesmo dele acontecer.

Sobre o prêmio conquistado pelo Festival Canto Aberto, o regente Maurinho Marques acredita que é a primeira vez que o prêmio é dado a um projeto de cultura, quebrando talvez um tabu. “Três Pontas está muito feliz, nós estamos muito felizes e agradecidos pelo apoio do prefeito Marcelo, que não fez como fizeram antes. Ele mostrou ser gestor e visionário, apostou no Festival Canto Aberto, que já era uma referência pra nossa cidade e agora mais que nunca, uma referência no Estado de Minas Gerais”, comemorou Maurinho.

Em 2020, o Festival será realizado dentro das comemorações do aniversário da cidade, entre 1º e 4 de julho.

O Festival

O Festival Canto Aberto abriu as portas de Três Pontas para respirar cultura em todos os níveis. Surgiu em 1982, criado por Marco Aurélio de Aquino, então integrante do Rotary Club. No ano seguinte, entrou na festa produtiva Haroldo de Souza Figueiredo Júnior, um dos grandes nomes da cultura trespontana.

O Canto Aberto também mostra a musicalidade de muitas pessoas que ainda são desconhecidas. Que o Município é um celeiro de grandes artistas todo mundo já sabe. Mas há talentos de adolescentes e jovens anônimos, das escolas da cidade, que ganham esta oportunidade através do Festival Estudantil.

E assim se deu as cinco versões do Canto Aberto de 82 a 86 sob a batuta de Marco Aurélio e Haroldinho, apoiados pelo Rotary Clube Três Pontas, passando pelo extinto Cine Ouro Verde, Ginásio Coberto Aureliano Chaves e a lona do circo, no antigo Parque de Exposições. De repente se calou e se perdeu. Outros vieram, mas não perduraram.

Em 2018, o Canto Aberto ressurgiu e deu sequência a um sonho deixado e reconstruído, constituindo-se pra muitos anos adiante, com edições que trazem cultura e arte, através da música, dos contos, esculturas e fotografias.

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