*Paralisação vai começar e Hospital terá apenas 30% dos servidores trabalhando, mas UTI não será afetada 

Após a Asssembleia realizada na noite de quarta-feira (22), pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Três Pontas, em que os funcionários do Hospital São Francisco de Assis, decidiram por uma greve geral, autoridades e órgãos começaram a ser notificados na quinta-feira (23). A reivindicação é o pagamento do 13º salário de 2016 que ainda não foi pago aos servidores.

Além da direção da Santa Casa, foram oficiados a Gerência Regional de Saúde (GRS), de Varginha, SAMU, Ministério Público, Prefeituras de Três Pontas, Santana da Vargem, Coqueiral, Boa Esperança e Ilicínea, além da Secretaria de Saúde de Três Pontas. Notificados e sendo obedecido o prazo de 72 horas, a greve começa nesta quinta-feira, dia 02 de março, dois dias após o término das festividades de Carnaval.

O assessor jurídico do SINDESS Dr. Júlio César da Silva explica que a data do início da greve estava para ser definido entre o fim da última semana e o início da próxima, porém, servidores e o sindicato decidiram por não fazer a paralisação no período festivo de Carnaval, quando o fluxo de pacientes necessitando de cuidados aumenta. “Por isto, decidimos que no Carnaval todos trabalhassem normalmente”, informou o advogado Dr. Júlio César. Ele também comunicou que não haverá paralisação dos funcionários da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por causa da complexidade, porém não será admitido nenhuma nova internação, a não ser em casos de urgência e emergência.

O desejo é que nada disso seja necessário e que a direção do Hospital consiga resolver a falta do pagamento, antes da paralisação anunciada. Mas diante da falta de previsão e das respostas sempre negativas da administração da Santa Casa, não há outro caminho a não ser parar, defendeu Dr. Júlio.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde José Nilson de Paula Araújo, falou durante a assembleia que o Hospital também não estaria cumprindo há quatro meses um acordo feito no Ministério do Trabalho de destinar todo mês uma cesta básica a cada funcionário que chega no horário para trabalhar.

A decisão foi tomada por 35 dos 292 servidores da instituição. Eles comentaram que há anos o pagamento é sempre feito em atraso, porém nunca chegou a este ponto.