O governador Romeu Zema (Novo) confirmou na manhã desta quinta-feira (15), que a macrorregião Sul de Saúde, onde estão a maior parte dos municípios do Sul de Minas, inclusive Três Pontas, vão avançar para a onda vermelha do Plano Minas Consciente. Segundo a Assessoria de Imprensa do Governo, a mudança começa a valer neste sábado (17).

Segundo o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, o avanço para a onda vermelha se deve à melhora de índices de incidência de novos casos de Covid-19 e queda de internações.

Conforme estudo divulgado pela Unifal-MG, depois de um mês de Onda Roxa em Minas Gerais, a situação de estabilidade na tendência de novos casos permanece desde a última semana. Houve avanço, mas ainda pequeno se considerado o esforço feito. Falhas na maior adesão às medidas e a circulação de variantes mais transmissíveis podem explicar a dificuldade atual de diminuir o contágio no Estado.

No Sul de Minas, o avanço na redução de novos casos foi maior. A tendência de diminuição de incidência se mantém desde a semana passada em todas as regionais de saúde. Mas a mortalidade, embora estável, continua alta. Apenas em três meses e meio de 2021, as mortes por Covid-19 já representam 72% do total de mortes de 2019 por todas as causas. Em 2021, o número esperado de mortes na região já é 72% maior do que o normal. Efeitos positivos sobre internações e óbitos só devem ser observados dentro de uma a duas semanas. No Sul de Minas, a média semanal de casos ainda está acima de 1000, mantendo o ritmo diário de internações em torno de 100 e de mortes em torno de 30. Há tendência de crescimento de internações na região, provocada pela situação da regional de Pouso Alegre, mas em óbitos houve melhora de crescimento para estabilidade. Entre os 10 municípios mais populosos do Sul de Minas, no início da Onda Roxa apenas 1 apresentava diminuição de novos casos e agora são 5. Com tendência de crescimento do contágio eram 6 e agora apenas 1 (Pouso Alegre).

Se considerarmos, por exemplo, as mortes entre aqueles com 50 a 59 anos, a doença já matou 84% a mais do que é esperado para o ano todo nessa faixa etária. Esse quadro, na verdade, pode ser bem pior, porque ao longo desse ano as mortes por outras causas devem crescer devido à situação emergencial e quase colapsada do sistema de saúde.

Considerando todos os municípios da região, no início da Onda Roxa, 52% apresentavam tendência de crescimento de novos casos e hoje são 18% e a tendência de queda do contágio, que se apresentava em 23% dos municípios, foi para 59%. Embora tenhamos tido avanços, é cedo para se dizer que a situação está controlada. É necessário manter a tendência de queda de novos casos por pelo menos duas semanas seguidas, principalmente devido ao aumento da circulação de variantes mais transmissíveis e o ritmo lento na vacinação.

Após um mês da Onda Roxa, Três Pontas aparece com a tendência de estabilidade em novos casos, juntamente com Poços de Caldas, Passos, Três Corações. A onda roxa foi implementada no dia 17 de março no Sul de Minas e completaria um mês no próximo sábado (17).

O secretário de Saúde afirmou ainda que os cuidados devem ser mantidos para que não seja necessário o retorno para a onda roxa. Ainda conforme o novo secretário, uma nova remessa de medicamentos deverá chegar até o fim desta semana para que sejam repassados aos hospitais, que nos últimos dias, sofreram com a falta de estoque.

A secretária municipal de Saúde de Três Pontas, Tereza Cristina Rabelo Corrêa, disse na manhã desta quinta-feira (15), que a progressão traz um alívio à cidade, possibilitando reabrir o comércio e segurar a economia, porém, as medidas de isolamento devem ser mantidas.

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