Fotos: Divulgação

 

O Grupo Afro Irmãos do Quilombo, do mestre mucambo José Vitor Silva, recebeu no fim do mês de julho, em Três Pontas, um grupo de 40 pessoas da República Democrática do Congo na África. Eles estavam na Universidade Federal de Lavras (UFLA) onde participaram de um projeto de extensão Vozes da África, que promoveu atividades, para o fortalecimento das capacidades técnicas e socioambientais de pequenos produtores agrícolas da República Democrática do Congo.

Por conta disso, eles vieram conhecer o trabalho de reflorestamento que está sendo feito pela Ufla em Três Pontas e foram até o Distrito do Quilombo Nossa Senhora do Rosário, para conhecer o reduto de refugiados.

A vinda deles surgiu do vice presidente do Conselho de Igualdade Racial (COMPIR) Thiago Silva, onde José Vitor é o presidente. Eles foram até a Igreja do Distrito, declarada que que foi construída com mão de obra congolesa e aproveitaram para fazer a entrega da capa e do cetro para José Vitor, que foi coroado Rei Perpétuo do Congo, representante de Minas Gerais. Isto tudo é fruto da realização do 1º Encontro Regional de Afromineiridade promovido em dezembro do ano passado.

“Eles agora vieram para me fazer esta entrega o que foi motivo de grande honra receber da mão deles, um símbolo da batalha da ancestralidade congolesa”, comemorou.

O trabalho de José Vitor e sua capacidade pode não ser tão reconhecida em Três Pontas, mas ele é referência em Minas Gerais quando se trata da cultura afro no Brasil. Na maioria das vezes as pessoas não acreditam nos contatos que eles tem e no trabalho que é realizado. “A gente tem uma capacidade de cultuar e de instruir as pessoas sobre a nossa cultura que vem ao longo dos anos e não dos bancos e salas de faculdades. A ancestralidade foi sendo passada de geração a geração e muitas vezes não é acreditada porque não está escrita e não é ensinada nas escolas e faz com que as pessoas duvidem”, reforçou José Vitor.

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