Foto Bruno de Lima - site Segs

 

Após dois meses consecutivos de fortes altas, o Índice da Cesta Básica de Três Pontas (ICB – FATEPS/UNIS) teve queda de -4,43% em junho comparado com maio. A forte queda nos preços do tomate e da batata, em razão da safra de inverno, ajuda a explicar esse resultado do índice. Cabe salientar que muitos produtos continuam com valores bem altos influenciando no orçamento familiar.

A pesquisa realiza a coleta dos preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, seguindo a metodologia adotada pelo DIEESE nas principais capitais brasileiras. Em 12 meses, de junho de 2020 a junho de 2021, a cesta básica aumentou 17,79% em Três Pontas. No acumulado deste ano de 2021 o índice apresenta queda de -6,37%.

Esta pesquisa demonstrou que no mês de junho o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Três Pontas é de R$509,88. Esse valor corresponde a 50,11% do salário mínimo líquido. Sendo assim, um trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 101 horas e 59 minutos por mês para adquirir essa cesta na cidade de Três Pontas.

Entre maio e junho deste ano, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Três Pontas, 5 tiveram alta dos preços médios, são eles: banana, leite integral, café em pó, açúcar refinado e óleo de soja. Mais uma vez, o pão francês manteve o preço médio inalterado, e sete produtos tiveram queda em seus preços médios: tomate, batata, arroz, feijão carioquinha, farinha de trigo, carne bovina e manteiga.

Foi possível perceber a influência do início da safra de alguns hortifrutigranjeiros, bem como da queda do preço de alguns produtos, no comportamento geral do índice da cesta básica de Três Pontas neste mês de junho. Porém, como estamos salientando nos relatórios dos outros municípios pesquisados, dois fatores importantes precisam ser destacados: esta safra de inverno dos hortifrutigranjeiros é mais curta, restrita e com comportamento mais volátil em função da dinâmica climática, o que pode provocar volatilidades nos preços destes produtos no curto prazo; e alguns produtos continuam com preços bastante elevados como no caso da carne bovina (mesmo com a queda ocorrida neste mês) e do óleo de soja. Outros produtos tiveram altas importantes como leite integral, açúcar refinado e café em pó. Isso reforça a percepção de que a cesta básica continuará impactando fortemente no orçamento doméstico no médio prazo.

Nos relatórios que estamos publicando neste mês de junho destacamos a necessidade de ações e políticas governamentais para tentar minimizar esses impactos, como por exemplo: queda na taxa de câmbio, incentivo à produção regional e venda para o mercado interno, bem como a retomada da política de estoques reguladores para alguns produtos.

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